Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Castro, Vanessa Lopes Dias Queiroz de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22529
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Resumo: |
Bovine herpesvirus 1 (BoHV-1) pertence a ordem Herpesvirales, família Herpesviridae, subfamília Alphaherpesvirinae e gênero Varicellovirus. É o agente causador da Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR). Apresenta dominância cosmopolita e alta disseminação em rebanhos bovinos de todo o mundo, acarretando prejuízos econômicos associados aos problemas produtivos e reprodutivos. O objetivo desta pesquisa foi estudar a interação do BoHV-1 com o útero, ovários e tubas uterinas, além de investigar a presença e a capacidade de penetração do BoHV-1 em complexos cumulus-ovócitos de vacas não vacinadas contra o BoHV-1, por meio da imunomarcação viral utilizando a microscopia confocal de varredura a laser. Coletou-se amostras de sangue e os órgãos genitais de 75 vacas abatidas em frigorífico e avaliou-se a imunomarcação viral nos tecidos uterino, tubárico e ovariano. Total de 719 COCs foram divididos em dois grupos: COCs derivados de vacas soropositivas e de vacas soronegativas e processados para a microscopia confocal de varredura a laser. Além disso, este estudo investigou a capacidade de penetração do BoHV-1 nos ovócitos de vacas soronegativas. Para tal, os ovócitos foram divididos em dois grupos: Grupo I: COCs (n=312) e ovócitos desnudados (n=296) infectados experimentalmente com BoHV-1 e incubados durante uma hora a 38,5°C e 5% de CO 2 . O controle negativo formado por COCs (273) e ovócitos desnudados (n=310) foram submetidos ao mesmo protocolo, exceto a exposição ao BoHV-1 que não foi realizada. Grupo II: COCs (n=425) e ovócitos desnudados (n=405) foram submetidos ao mesmo protocolo de co-incubação com o BoHV-1, porém durante 24 horas. O controle negativo deste grupo foi formado por 398 COCs e 425 ovócitos desnudados submetidos ao mesmo protocolo exceto a exposição ao BoHV-1. Os resultados gerados nesta tese apresentam um grande significado para a área de reprodução animal. Os achados sugerem novos esclarecimentos sobre a infecção do BoHV-1 nos tecidos reprodutivos. As partículas virais do BoHV-1 foram detectadas no útero de 100% das vacas soropositivas (P<0,01). As tubas uterinas apresentaram o BoHV-1 em 73,2% e os ovários em 58,5% (P>0,05). Não foi observada a presença do vírus em nenhum órgão genital dos 34 animais soronegativos. Nenhum COC (n=276) proveniente de vacas soronegativas apresentou o vírus. No entanto, foi evidenciada a presença do BoHV-1 no citoplasma das células do cumulus em alta porcentagem de COCs (n=158) dos 443 COCs aspirados de vacas soropositivas. Em relação aos ovócitos com e sem a presença das células do cumulus, co- incubados com o BoHV-1, o vírus foi evidenciado no seu interior após 24 horas. Conclui- se que, aparentemente, este estudo é o primeiro a relatar a detecção de BoHV-1 no útero em 100% das vacas soropositivas, o que sugere que este órgão atua como uma fonte de infecção fetal e esteja implicado em desempenhar um papel no abortamento. A detecção do BoHV-1 nas células do cumulus de vacas soropositivas, sugere que vacas infectadas naturalmente e assintomáticas podem apresentar os COCs infectados pelo vírus. Ademais, este estudo é o primeiro a detectar o BoHV-1 no interior de ovócitos bovinos apresentando a zona pelúcida intacta. |