Bovine herpesvirus 1 interfere na maturação in vitro de ovócitos bovinos em modelo de infecção artificial e natural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Alves, Saullo Vinícius Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22539
Resumo: O bovine herpesvirus 1 (BoHV-1) é de fácil disseminação, difícil controle e está amplamente disseminado nos rebanhos bovinos no mundo. Essa infecção viral é responsável por prejuízos à pecuária principalmente quanto aos aspectos reprodutivos. Estudos prévios envolvendo infecção experimental com o BoHV-1 em um sistema de produção in vitro de embriões reportou que a presença do vírus afetou o desenvolvimento embrionário. Neste trabalho, foi avaliada a interferência do BoHV-1 sobre a maturação in vitro de complexos cumulus-ovócito (COCs) e ovócitos desnudados com células do cumulus em suspensão (DOs). Foram coletados sangue e os ovários de fêmeas bovinas sabidamente não vacinadas contra o BoHV-1. Após o teste de soroneutralização, os animais soropositivos foram classificados de acordo com a sua titulação de anticorpos. Os ovócitos recuperados após aspiração folicular foram divididos em COCs e DOs e avaliados através da sua capacidade de maturação nuclear associado a detecção viral pela microscopia confocal de varredura a laser. Dois experimentos foram realizados: (I) maturação após infecção in vitro de COCs e DOs de animais soronegativos; (II) maturação in vitro de COCs e DOs de animais soropositivos. No experimento I, diferença (P<0,01) foi observada entre as taxas de maturação do grupo COCs controle (78,2%) e os grupos infectados dos COCs (43,6%). No experimento II verificou-se diferença (P<0,01) na taxa de maturação entre os animais de titulação de anticorpos ≥ 16 (56,9%) e o grupo controle (79,4%). Os ensaios de imunofluorescência permitiram a identificação do BoHV-1 nos COCs e DOs. Diante disso, conclui-se que o BoHV-1 foi capaz de afetar o processo de maturação in vitro tanto nas condições de infecção in vitro e em condições naturais de infecção.