Partição da diversidade de formigas em uma paisagem fragmentada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Solar, Ricardo Ribeiro de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência entomológica; Tecnologia entomológica
Mestrado em Entomologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3907
Resumo: Eventos de fragmentação florestal são caracterizados como uma das maiores ameaças à biodiversidade e são a causa primária de perda de espécies nas florestas tropicais. Formigas são organismos que apresentam diversas características favoráveis ao seu uso em trabalhos ecológicos, o que as torna frequentes em estudos sobre fragmentação. Portanto, o objetivo deste estudo é responder a seguinte pergunta: Por que há mais espécies de formigas nos fragmentos florestais em relação ao entorno? Para responder a essa questão, hipóteses explicativas foram lançadas, baseadas em recursos e condições. Além disso, diferenças nas respostas em diferentes microhabitats foram analisadas. A amostragem foi realizada em quatro fragmentos florestais e quatro entornos adjacentes na cidade de Viçosa, Minas Gerais, Brasil. As formigas foram amostradas nos microhabitats epi- e hipogéicos, com armadilhas pitfall sem iscas. Foram coletadas amostras de solo para obter variáveis explicativas. A diversidade de formigas foi particionada seguindo a equação γ = α + β. O pressuposto, de que o fragmento é mais diverso que o entorno foi testado através de ANOVA. As variáveis explicativas foram testadas através de partição hierárquica, para detectar as variáveis mais importantes na explicação da diversidade e estas variáveis foram testadas através de glm para demonstrar a relação e a tendência. Estimativas de riqueza de espécies foram realizadas para se estimar o efeito na escala de paisagem. A composição de espécies foi testada através deNMDS, e a significância acessada através de ANOSIM. Nosso pressuposto se confirmou apenas a nas escalas de diversidade β e γ e para o hábitat epigéico. Além disso, as variáveis mais importantes para explicação foram %areia (-); CTC (+); concentração de ferro (-)e matéria orgânica do solo (unimodal). Além disso, estas variáveis apresentam o mesmo padrão de variação que o pressuposto, sendo fortes candidatas a fatores causais. A composição de espécies variou, sendo distinta quando comparamos fragmento vs. entorno e quando comparamos entre microhabitats epi- e hipogéicos. No último, observamos resposta apenas para o ambiente florestal. A confirmação do nosso pressuposto, bem como a explicação provida pelas variáveis ambientais suportam o fato de que alterações causadas na qualidade do ambiente pela fragmentação são responsáveis pela perda de espécies observada. Ainda, a composição de espécies revelou que existem subconjuntos de espécies específicos de cada local, matrizes e florestas. Ainda, a ausência de diferença na composição de espécies entre os microhabitats na matriz revela uma acentuada perda de algumas espécies que existiam no ambiente florestal, mas que não mais estão presentes.