Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Barreira, Corina Anahí
 |
Orientador(a): |
Queiroz, Jarbas Marçal de |
Banca de defesa: |
Queiroz, Jarbas Marçal de,
Fernandez, Alexandra Pires,
Bailez, Omar Eduardo |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
|
Departamento: |
Instituto de Florestas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11322
|
Resumo: |
A perda de habitats é uma das principais ameaças para a biodiversidade global. Em ambientes fragmentados as espécies ficam com menor capacidade de dispersão e suas interações são mais propensas à extinção. Todavia, as espécies são afetadas de maneira diferente por este tipo de perturbação. Desta forma, a estrutura da comunidade, as interações interespecíficas e as funções ecológicas são alteradas e a magnitude e direção das mudanças são imprevisíveis. As interações parasitóide-hospedeiro são um exemplo das que podem ser muito afetadas. Dentre elas, as interações entre parasitóides e formigas estão entre as mais relevantes. Certos grupos de formigas, como as cortadeiras, podem se tornar pragas agrícolas, portanto seu controle biológico é de suma importância. Essas formigas possuem um papel chave nos ecossistemas, pois são consideradas os herbívoros dominantes da região Neotropical. Um grupo importante de inimigos naturais de formigas cortadeiras são os dípteros parasitóides da família Phoridae. Interações entre forídeos parasitóides e formigas cortadeiras em uma região fragmentada da Mata Atlântica compõem um modelo bastante promissor para sua investigação como indicador dos impactos causados pela fragmentação de habitats, pois os forídeos são os parasitóides mais importantes dessas formigas e possuem uma forte especialização nas mesmas. O objetivo geral deste trabalho foi estudar os efeitos da perda da superfície florestal sobre os forídeos parasitóides da formiga cortadeira Acromyrmex niger, uma espécie comum na Mata Atlântica. Este trabalho foi realizado na Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA) e arredores no Estado do Rio de Janeiro. Foram amostrados dez fragmentos florestais de diferentes tamanhos (cinco grandes >80 ha e cinco pequenos <20 ha) e três regiões de floresta contínua (>1000 ha). Uma a cinco colônias de A. niger foram marcadas no interior de cada fragmento e local de mata contínua. Sobre cada ninho, durante 15 minutos, todos os forídeos em interação com as operárias foram coletados e depois identificados. Também, em cada colônia amostrada, foram coletadas aproximadamente 200 operárias e mantidas para criação dos parasitóides. Para a análise de dados foram feitas análises de variância e regressões simples. Foram identificados três gêneros de forídeos: Myrmosicarius, Apocephalus e Neodohrniphora, tanto observados no campo em interações com as operárias quanto criados em laboratório a partir de operárias coletadas no campo. A abundância total, a porcentagem de parasitoidismo total, a riqueza de gêneros de forídeos adultos observados no campo e a riqueza de gêneros de forídeos imaturos, foram significativamente maiores nos locais de floresta contínua sem diferenças significativas entre fragmentos grandes e pequenos. A abundância de Apocephalus e a porcentagem de parasitoidismo de Myrmosicarius também foram maiores em locais de mata contínua, mas com diferencias significativas só em relação aos fragmentos pequenos. Os resultados ofereceram a primeira evidencia dos efeitos do tamanho do habitat sobre o sistema forídeo-Acromyrmex em floresta tropical úmida, avaliando em conjunto a presença de forídeos adultos no campo e a porcentagem de parasitoidismo determinada através de métodos experimentais no campo e no laboratório. |