As práticas extensionistas da EMATER-MG sob uma perspectiva de gênero: o caso da regional de Viçosa-MG
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento Mestrado em Extensão Rural UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4113 |
Resumo: | Esta pesquisa analisa a forma pela qual as desigualdades nas relações de gênero no meio rural vêm sendo tratadas pelos Serviços de Extensão Rural no Brasil. Analisamos, especificamente, os serviços prestados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER-MG), tomando como unidade de análise de nosso estudo a ação extensionista desenvolvida na regional do município de Viçosa. Buscouse interpretar de que maneira os direcionamentos anti-sexistas preconizados na Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER) - criada em 2003 pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) - vêm ou não incidindo na prática profissional dos técnicos e técnicas da empresa estatal, considerada uma das mais importantes agências prestadoras de serviços de extensão rural do Brasil. Conceitualmente, a temática a respeito de gênero foi abordada sob a perspectiva de crítica das formas de subordinação social das mulheres. A análise contou, também, com a referência teórica de Bourdieu, a partir dos conceitos de habitus e de campo para interpretar a prática dos extensionistas a na sua relação com o produtor e a produtora na unidade familiar. Empiricamente, relataram-se situações de desigualdade nas relações entre homens e mulheres no meio rural. Como recurso metodológico foram pesquisadas publicações e documentos anteriores e posteriores à criação da PNATER, em 2003, que subsidiaram a prática de ATER dos técnicos da EMATER-MG à luz da perspectiva de gênero. As publicações referem-se à Revista Extensão em Minas Gerais e os documentos referem-se aos Relatórios Anuais da empresa. Também foi realizada pesquisa sobre a participação do público masculino e feminino nos cursos promovidos pela EMATER-MG na Semana do Fazendeiro de 2004 a 2007 e aplicado questionários com os técnicos e técnicas da instituição regional de Viçosa. A partir da análise e interpretação dos dados foi possível perceber que as diretrizes da PNATER que têm como diretriz a busca por relações de gênero mais igualitárias ainda não se incorporou nas práticas de trabalho dos extensionistas junto a agricultores e agricultoras. Todavia habitus sexista estão presentes também internamente na instituição. |