Risco e hedge em carteiras de investimento de fundos de pensão no Brasil: uma abordagem setorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Costa, Thiago de Melo Teixeira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos
Doutorado em Economia Aplicada
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/124
Resumo: Os Fundos de Pensão continuam crescendo em patrimônio e importância no Brasil e no mundo. Eles representam um anseio dos trabalhadores diante da perspectiva da aposentadoria. Representam também uma importante forma de gerar poupança nacional, transferindo o consumo presente para o consumo futuro e propiciando injeção de recursos para investimento nos mais diversos setores da economia. A partir disso, torna-se necessário um processo contínuo de reflexão sobre seus fundamentos e sobre formas de se melhorar o desempenho destas instituições. Para que eles atinjam seus objetivos, buscam um eficiente processo de gerenciamento de seus portfólios e, especialmente, uma correta estratégia de diversificação de seus ativos. Neste contexto, pretendeu-se analisar quais contratos futuros e em que proporções podem melhorar a relação retorno e risco das carteiras de investimento dos Fundos de Pensão no Brasil a partir de uma análise dos setores da economia contemplados com os investimentos destas instituições. Esta discussão se deu a partir de quatro artigos, independentes, porém, inter-relacionados. O primeiro tratou da discussão teórica sobre a dicotomia que pode existir entre a escolha de portfólios eficientes com base na racionalidade econômica e a necessidade de realização, por parte das EFPC, de investimentos socialmente responsáveis. O segundo artigo versa sobre as relações de variáveis econômico- financeiras com indicadores de preço de ações dos setores de Energia Elétrica, Telecomunicações e Industrial, setores usados nos demais artigos para atender o objetivo central da tese.Observou-se que estas relações podem ser diferentes de acordo com o setor econômico que se analisa. Mudanças em variáveis macroeconômicas ou financeiras podem afetar distintamente os setores econômicos, principalmente quando se analisa a precedência temporal entre as variações. O terceiro artigo buscou avaliar a relação de algumas dessas variáveis econômico-financeiras com derivativos ligados às mesmas, de modo que se observasse o potencial de diversificação entre ações e contratos futuros. Especialmente, foram observados que são elevados os níveis de hedge ótimo para operações que tenham relação com o indicador do comportamento do mercado de ações brasileiro (Ibovespa) e com o preço do petróleo. O último artigo buscou averiguar o risco e o hedge a partir de uma carteira teórica com base nos investimentos dos Fundos de Pensão entre os anos 2000 e 2008 e da utilização de contratos futuros do Ibovespa. Foi testada a eficiência, em termos do trade-off risco/retorno, de estratégias sem hedge e com hedge. Especificamente, verificou-se se o hedge pode gerar ganhos mais expressivos quando realizado considerando as características setoriais. Os resultados encontrados indicaram que o gerenciamento dinâmico, a partir do acompanhamento setorial dos ativos que compõem determinada carteira de investimento, torna o desempenho do portfólio melhor, reduzindo consideravelmente o nível de risco assumido.