Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Ingrid Rabite |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20953
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Resumo: |
A hanseníase é uma doença de notificação compulsória que permanece como um problema de saúde pública no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS), com intuito de facilitar a classificação da doença para fins de tratamento, adotou a classificação operacional que estabelece os pacientes com até cinco lesões como paucibacilares e aqueles com seis ou mais lesões como multibacilares. A presença da cicatriz de BCG é reconhecida como um fator protetor contra a hanseníase. Alguns estudos demonstram que uma dose adicional de BCG oferece um acréscimo na proteção. Além disso, há estudos em que a BCG proporciona maior proteção contra as formas multibacilares. Diante desse quadro, o presente trabalho tem como objetivo descrever e relacionar as variáveis classificação operacional, vacinação BCG e o gênero dos casos novos de hanseníase ocorridos na comunidade ao redor da Casa de Saúde Padre Damião (CSPD), município de Ubá, no período de 2000 a 2016. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa dos dados e inter-relacional das variáveis. Os dados foram coletados das fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), contidas nos prontuários dos pacientes, ou por entrevista para observação da cicatriz vacinal de BCG. Foram identificados e analisados 43 casos novos de hanseníase. A análise descritiva das variáveis demonstrou o predomínio do gênero feminino, forma multibacilar e de vacinados entre os casos novos. Ao relacionarmos as variáveis, na distribuição da classificação operacional segundo vacinação ocorreu uma diminuição significativa na porcentagem de casos multibacilares entre os sem cicatriz de BCG (94%) e aqueles com uma ou duas cicatrizes (65%). Quando feita a análise de estratificação por gênero, essa diminuição foi observada entre nenhuma (100%) e uma cicatriz de BCG (58%) nas mulheres. Nos homens, essa diminuição ocorreu entre nenhuma ou uma cicatriz (85%) e aqueles com duas cicatrizes de BCG (0%), sendo todos classificados como paucibacilares. Os achados desse estudo sugerem que a presença da cicatriz de BCG (1 ou 2) possa oferecer maior proteção contra a forma multibacilar e a segunda cicatriz, possa oferecer um acréscimo de proteção nos homens contra essa forma. |