Conservação pós-colheita de espigas de milho verde em função do cultivar, da temperatura e da forma de acondicionamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Braz, Ricardo Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10195
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o efeito da temperatura e do tipo de acondicionamento sobre a perda de peso e sobre as modificações nos teores de açúcares e amido nos grãos de espigas de milho verde dos híbridos AG 1051 e DINA 170 (ambos recomendados para a produção de milho verde), no intuito de se estudar o comportamento pós- colheita dos mesmos. A colheita das espigas ocorreu 83 dias após o plantio, quando as espigas dos híbridos AG 1051 e DINA 170 apresentavam 79,5% e 80,5% de umidade, respectivamente. Após a colheita, os trabalhos foram conduzidos no Laboratório de Pós-colheita do Departamento de Fitotecnia, da Universidade Federal de Viçosa. Dois ensaios foram conduzidos: um sob temperatura ambiente de 22oC ± 1,8oC; e outro a 5oC (simulando a temperatura de balcões frigorificados). Nestes ambientes de armazenamento, foram comparados três modos de acondicionamento: espigas empalhadas, espigas despalhadas e espigas embaladas (em bandejas de isopor seladas com filme PVC). Foram avaliadas as seguintes características, perda de peso e as modificações nos teores de açúcares solúveis totais, açúcares redutores, açúcares não redutores e de amido. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias comparadas pelo teste Tukey, ambos a 5% e a 1% de probabilidade ou por meio de regressão. Os resultados obtidos permitiram concluir que: o tratamento espiga embalada a 5oC e em temperatura ambiente foi o único que permitiu perda de peso aceitável comercialmente, independente do híbrido utilizado. Vale ressaltar que em temperatura ambiente, há possibilidade de ocorrência de fermentação a partir do quinto dia de armazenamento. A perda de peso do tratamento espiga empalhada do híbrido DINA 170, em temperatura ambiente, é menor que a do híbrido AG 1051, o que confirma a qualidade pós-colheita das espigas do híbrido DINA 170 para esta condição. A diferença no ciclo dos híbridos pode influenciar as concentrações de açúcares e amido nos grãos colhidos com aproximadamente 80% de umidade. Em temperatura ambiente, as espigas embaladas , acumulam menores teores de amido, independente do híbrido utilizado. A embalagem com filme PVC, mesmo a 5oC, não foi capaz de reduzir as taxas de acúmulo de amido das espigas de milho verde de ambos os híbridos, durante dez dias de armazenamento. A taxa de degradação de açúcares solúveis totais é semelhante nos dois híbridos estudados, independente da temperatura de armazenamento, levando-se em consideração as diferenças iniciais de concentração obtidas no ponto de colheita.