Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Cordeiro, Anaïs de Almeida Campos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10618
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Resumo: |
Os campos de altitude são ecossistemas frágeis, que abrigam muitas espécies vulneráveis e susceptíveis à extinção. Para evitar a perda de espécies e manter o funcionamento destes ecossistemas, é preciso conhecer seus aspectos florísticos e ecológicos, e estimar e mapear a diversidade biológica. No entanto, tais características ainda são pouco investigadas. Assim, os objetivos desta dissertação foram (i) caracterizar a comunidade de plantas (florística e formas-de-vida) em diferentes intervalos altitudinais de uma área de campo de altitude, (ii) detectar espécies associadas a altitudes específicas, (iii) avaliar como a riqueza de espécies se relaciona com a escala espacial considerada, (iv) estimar a contribuição relativa da substituição espacial e do aninhamento de espécies para gerar a diversidade de plantas na região e (v) avaliar a influência da altitude sobre os padrões espaciais de diversidade. As coletas foram realizadas no Parque Nacional do Caparaó, no entorno da trilha que leva até o Pico da Bandeira. Foram definidos quatro intervalos altitudinais para as coletas: de 2100 a 2150 m, de 2300 m a 2350 m, de 2500 m a 2550 m, e de 2700 a 2750 m. Em cada intervalo, foram estabelecidas cinco parcelas (5 x 3 m), nas quais foi realizado o levantamento florístico de todas as espécies presentes com as respectivas abundâncias. A ocorrência de apenas quatro espécies foi inversamente relacionada à altitude, enquanto a ocorrência de 13 espécies apresentou relação direta com a elevação. A maior parte das espécies com maior probabilidade de ocorrência em maiores elevações é restrita a áreas de elevada altitude no Brasil. Rubiaceae e Polygalaceae foram as únicas famílias com maior probabilidade de ocorrência em maiores altitudes, e todos os representantes destas famílias apresentaram traços típicos de adaptação às condições locais, como gemas próximas ou no nível do solo e folhas pequenas e coriáceas. A diversidade de plantas é gerada principalmente pela substituição espacial de espécies, e processos interativos que operam em grandes escalas espaciais parecem ser os mais determinantes para a grande riqueza de espécies amostrada. A comparação dos espectros vegetacionais de cada intervalo altitudinal revelou alterações significativas na estrutura da vegetação em todos os intervalos, porém sem padrão aparente. A extrapolação da riqueza observada pelo índice Bootstrap com 999 permutações apontou maior riqueza de espécies a 2500 m, altitude esta que correspondeu à zona de transição entre duas subcomunidades distribuídas ao longo do gradiente com dissimilaridade superior a 80%. O intervalo altitudinal mais elevado apresentou grande número de espécies indicadoras e menor diversidade do que os outros intervalos altitudinais, o que sugere forte influência das condições ambientais mais restritivas de maiores elevações sobre a composição de espécies e sobre os padrões espaciais de diversidade. |