Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Miguel Ângelo Teixeira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/26502
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Resumo: |
Os campos de altitude são ecossistemas de montanhas acima de 1700 m de altitude em meio à Floresta Atlântica brasileira, com alta diversidade e altos níveis de endemismo de táxons de plantas. Para se evitar a perda de espécies e se manter o funcionamento destes ecossistemas frente a mudanças climáticas é preciso conhecer melhor os aspectos ecológicos e desenvolver métodos eficazes de monitoramento dos campos de altitude. O objetivo deste trabalho foi investigar características foliares através do cálculo de índices de reflectância espectral de vegetação (IEVs) entre espécies de diferentes tipos de distribuição ao longo de um gradiente de altitude em campos de altitude. A altitude é um fator determinante na condição fisiológica das plantas dessas comunidades de altitude? Em relação aos diferentes grupos de espécies de acordo com a distribuição no gradiente, a hipótese é de que espécies indicadoras de faixas de altitude, selecionadas pelo método IndVal, possuem maior número de mecanismos adaptativos constitutivos às condições das altitudes do que as espécies generalistas. Os valores encontrados dos índices red-edge vegetation index (RVSI) e normalized difference vegetation index (NDVI) correlacionaram positiva e significativamente (p<0,05) com a altitude quando analisamos o grupo de espécies indicadoras e o conjunto completo de espécies amostradas, que indicam ajustes das plantas a condições ambientais mais restritivas nas altitudes mais elevadas, e.g. baixas temperaturas, radiação solar excessiva e solos pobres e rasos. Essa observação tem potencial em abordagens de sensoriamento remoto por imagens para descrição e monitoramento dos campos de altitude. O índice photochemical reflectance index (PRI) foi positivamente correlacionado à altitude de forma significativa (p<0,05) em espécies generalistas. Hippeastrum glaucescens, mostrou valores de RVSI e PRI que indicam maiores traços de estresse em altitudes mais baixas, diferente de Baccharis platypoda e Eryngium elegans que indicaram maiores taxas de estresse por meio dos IEVs nas elevações maiores. Os grupos indicadoras e generalistas apresentaram comportamentos morfofisiológicos distintos em relação à altitude dependendo do IEV utilizado. O estudo das características espectrais de plantas através de IEVs mostrou-se uma ferramenta eficaz para investigação e monitoramento de espécies dos campos de altitude, com especial importância no contexto de impactos de mudanças climáticas nesses ecossistemas únicos. |