Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Jesus, Rodrigo Silva de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27270
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Resumo: |
Durante a fase de fundação, o voo nupcial das formigas pode ocorrer em diferentes horas do dia, semanas ou meses do ano, mas atualmente pouco se sabe sobre a distribuição espacial do voo das espécies. Neste trabalho, nós comparamos a composição das espécies de formigas durante o voo nupcial em dois estratos (copa e sub-bosque). Nosso objetivo foi investigar se as formigas voam próximo aos estratos onde nidificam. Nós esperávamos que as formigas arborícolas (formigas que nidificam em árvores) voassem na copa das árvores e as terrícolas (formigas que nidificam no solo ou na serapilheira) voassem no sub-bosque. Além disso, nós avaliamos a importância da chuva para a atividade de voo das espécies, durante o verão e o outono. Nós mensuramos também a importância da coleta dos alados de formigas para o conhecimento da diversidade e distribuição das espécies na Mata Atlântica. Para isso, instalamos nove armadilhas do tipo Malaise suspensa na copa das árvores e nove no sub-bosque. Essas armadilhas permaneceram no campo durante cinco meses, entre dezembro de 2016 e maio de 2017. Nós observamos que a composição de espécies foi diferente entre os estratos; as formigas arborícolas foram mais frequentes na copa e as terrícolas, no sub-bosque. Nós observamos também que a maioria das espécies voam durante a estação chuvosa, no início do verão, as demais espécies voam durante o restante do verão e/ou durante o outono (final da estação chuvosa). Nós amostramos uma grande diversidade de formigas, 126 espécies, considerado as rainhas, 196 espécies, considerando os machos. Dentre estas formigas, coletamos espécies raras dos gêneros: Cylindromyrmex, Fulakora e Leptanilloides. Os nossos resultados mostram que ocorre uma relação entre os estratos onde as formigas nidificam e a distribuição espacial do voo. Isso pode diminuir a ocorrência de hibridação entre as espécies, a exposição das formigas a adversidades climáticas, a ação dos predadores e os gastos energéticos durante o voo. A diferença temporal no voo das espécies mostra que as formigas apresentam estratégias diferentes de voo durante o ano e que as espécies respondem a chuva de forma variada. Dessa forma esse trabalho, contribuiu para ampliação do conhecimento das estratégias reprodutivas das formigas durante o voo nupcial e para o conhecimento da biodiversidade de Viçosa. |