Efeito da sulfitação dos taninos de E. grandis e E. pellita para produção de chapas de flocos
Ano de defesa: | 2002 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de Mestrado em Ciência Florestal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3198 |
Resumo: | A obtenção de maior variedade de produtos de madeira está diretamente ligada ao desenvolvimento de adesivos, que podem ser produzidos de derivados do petróleo ou a partir de fontes renováveis. O uso de compostos fenólicos advindos de fontes renováveis é uma alternativa para substituir os adesivos de uréia e os adesivos fenólicos derivados do petróleo, comumente utilizados na confecção de chapas, mas que apresentam alguma toxicidade e alto custo. Por outro lado, para que as fontes naturais, por exemplo os taninos, possam ser utilizados pela indústria madeireira é necessário melhorar as suas propriedades tecnológicas. O presente trabalho teve como objetivo principal avaliar o efeito da sulfitação dos taninos das cascas de eucalipto para produção de chapas de flocos. Os taninos foram extraídos com água quente, com adição de 4,5% de sulfito de sódio, durante 3 horas, à temperatura de 70 e 100ºC, para E. grandis e E. pellita, respectivamente, por apresentarem maior rendimento em taninos. Para produção dos adesivos os taninos foram reagidos com ácido acético e sulfito de sódio, por um período de 90 minutos; esta reação foi necessária para redução da viscosidade do adesivo. Constatou-se que a sulfitação ácida dos taninos reduziu a viscosidade dos adesivos tânicos provavelmente devido à hidrólise de gomas hidrocoloidais de peso molecular relativamente alto e à clivagem das ligações interflavonóides. Técnicas de DSC (calorim etria diferencial exploratória) foram utilizadas para determinar os parâmetros cinéticos dos adesivos, no qual verificou-se que os adesivos tânicos de E. pellita obtiveram valores de entalpia menores que os dos adesivos tânicos de E. grandis. Constatou-se também que os adesivos de taninos apresentaram bandas largas de polimerização e altas temperaturas de pico. Para avaliar a qualidade dos adesivos, foram produzidas em laboratório chapas de flocos de E. grandis W. Hill ex Maiden e Pinus elliottii, utilizando 8% de adesivo de tanino sulfitado extraído das cascas de E. grandis e E. pellita, em cinco níveis de substituição (0, 25, 50, 75 e 100%) de adesivo de uréia-formaldeído nos adesivos de taninos modificados. Para efeito de comparação, foram fabricadas tam bém chapas com 10% de adesivos tânicos. As propriedades das chapas foram determinadas segundo a norma ASTM D-1037 (1993). As propriedades das chapas produzidas apenas com adesivo à base de taninos estão acima do mínimo exigido pela normal comercial ANSI/A 208.1-93, com exceção das propriedades que exigem resistência à umidade. Os resultados obtidos demonstraram a potencialidade do uso dos taninos de eucalipto para produção de adesivos para uso em chapas de composição, para aplicação em interiores, onde a resistência à umidade não é exigida. Em razão destes resultados, recomendam -se medidas e, ou, tratamentos que visem a redução de absorção de água pelas chapas, como o uso de parafina para impermeabilizar a superfície, e também a incorporação do adesivo de tanino nos adesivos à base de fenol, uma vez que estes adesivos são resistentes à umidade. |