Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Alves, Eliana Boaventura Bernardes Moura |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20701
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Resumo: |
Em virtude da observância de impactos ambientais, econômicos e sociais gerados ou previstos para ocorrer em função das mudanças climáticas, o Brasil possui papel de destaque em relação às ações, voluntárias ou não, nos âmbitos individual e coletivo, privado e governamental. No entanto, juntamente com a ascensão de iniciativas que possibilitem a quantificação das fontes emissoras e de remoção de Gases de Efeito Estufa (GEE), cresce também a preocupação com a confiabilidade dos dados e metodologias disponibilizadas. Dentre as intercorrências presentes nos mecanismos e ferramentas de cálculo já existentes, enfatiza-se inadequações metodológicas em geral, como a falta de atualização frequente dos fatores de conversão e a não adaptabilidade das variáveis e dos parâmetros à realidade do Brasil, o que justifica a relevância do presente trabalho. Assim, objetivou-se com o estudo avaliar iniciativas de realização de inventário e neutralização de emissões de GEE e desenvolver um software integrado de cálculo. Independente da inciativa, uma ação básica no processo decisório de gestão das emissões é a realização do inventário de GEE. A nível organizacional, um exemplo são os inventários corporativos de GEE disponibilizados pelo Programa Brasileiro GHG Protocol e, em âmbito individual, as calculadoras online de carbono. No intuito de avaliar as inconsistências que podem ser apresentadas em iniciativas de cálculo de emissões e compensação, além da crescente demanda por ferramentas que forneçam estimativas de maneira prática e consistente, a tese foi composta por três capítulos específicos. No primeiro capítulo objetivou-se avaliar os inventários publicados no registro público de emissões do Programa Brasileiro GHG Protocol entre 2012 e 2016. Diante das análises, observou- se que organizações de diferentes portes publicam seus inventários no Programa e uma maior contribuição dos setores de Indústrias extrativas e de transformação tanto no montante das emissões absolutas quantificadas, como também no valor total removido. Constatou-se também que os setores associados à prestação de serviços, apesar de possuírem a maior participação no PIB brasileiro, apresentam a menor contribuição em termos de emissões absolutas. Em geral, foi observado que as organizações estão mais comprometidas com a credibilidade de seus inventários, porém, ainda sim faz-se necessária uma reavaliação do Programa no sentido da não obrigatoriedade de relato de alguns itens do inventário e suscitar uma maior padronização dos indicadores das emissões relativas. O foco do segundo capítulo foi avaliar as calculadoras individuais de carbono disponibilizadas em websites do Brasil. A partir de uma análise qualitativa e quantitativa dessas ferramentas, verificou-se uma ampla variabilidade nos dados de entrada, nos fatores de conversão e, consequentemente, nos resultados gerados. Observou-se também que os plantios de neutralização são a alternativa de compensação mais adotada, mesmo custando mais ao usuário. Por fim, a complexidade da interface gráfica de ferramentas deste tipo, associado ao déficit de parâmetros relevantes para cálculo das estimativas e à crescente demanda por ferramentas que podem ser aplicadas a distintas atividades, justificam o desenvolvimento de um novo sistema. Diante disso, a proposta com o último capítulo foi desenvolver um software integrado para inventário de emissões de GEE e neutralização de carbono em três níveis de cálculo: individual, eventos e propriedade rural. Assim, foi desenvolvido o software CZ 1.0 que apresenta distintos diferenciais e amplas possibilidades de aplicações frente a outras ferramentas já existentes. A oportunidade de utilização dos sistemas por usuários com diferentes níveis de conhecimento sobre os dados a serem fornecidos e a interface que facilita a comunicação entre o usuário e o software, podem contribuir para o aprimoramento de ações já realizadas e o balizamento de novas iniciativas. Em geral, concluiu-se que a confiabilidade dos dados e das metodologias disponibilizadas reforçam o empenho que deve ser tomado diante de iniciativas em relação às ações que promovam o inventário e a neutralização de emissões de GEE e quanto ao desenvolvimento de novas ferramentas. As inconsistências verificadas nos inventários e nas ferramentas de cálculo podem afetar a credibilidade dessas iniciativas. Em virtude da contribuição de medidas com potencial de mitigação das mudanças climáticas, como o GHG Protocol e as calculadoras de carbono, o aprimoramento dos métodos oportuniza a adoção de ações mais focadas e uma melhor gestão das emissões de GEE. A manutenção de práticas como essas, assim como a difusão de novos mecanismos, devem ser fundamentados em métodos e diretrizes que favoreçam a minimização de erros e incertezas. Melhorias na consistência e clareza dessas iniciativas propiciam benefícios ainda maiores e possibilitam análises ainda mais aprofundadas, o que favorece o empenho de indivíduos e organizações diante dos esforços para minimização dos problemas associados às alterações no clima. |