Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Carlos Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9475
|
Resumo: |
As variações anuais que ocorrem nas safras agrícolas podem ser minimizadas através do estudo das interações entre cultura e ambiente. Uma ferramenta de grande utilidade, nesses estudos, é constituída pelos modelos de simulação. Visando um aporte à pesquisa, na modelagem de crescimento e desenvolvimento da cultura de soja, este estudo objetivou determinar os parâmetros fisiológicos e climáticos em diferentes ambientes. Dois experimentos foram conduzidos na estação experimental Vila Chaves, campus da UFV, com a cultura de soja [Glycine max (L.) Merrill] utilizando a variedade cultivada ‘Capinópolis’, durante as estações de cultivo dos anos agrícolas 1997/98 e 1998/99. Foram aplicados os seguintes tratamentos: irrigado por todo o período (IPTP); irrigado e sombreado na fase vegetativa (ISFV); não- irrigado na fase vegetativa (NIFV); e não- irrigado na fase de florescimento (NIFF). Nos dois ensaios, foram feitas medições de matéria seca da raiz, do cotilédone, do caule (haste principal, ramos e pecíolos), da folha, da flor, da vagem e grãos, além de medições da área foliar ao longo do ciclo da cultura. No ensaio feito em 1998/99, foram realizadas medições da fotossíntese nas fases vegetativa, de florescimento e enchimento de grãos, bem como o acompanhamento da umidade do solo por meio de sonda de nêutrons. Os tratamentos ISFV e NIFV apresentaram quedas nítidas na produção de matéria seca, em relação aos tratamentos IPTP e NIFF, e redução na área foliar durante a fase vegetativa. O tratamento NIFV, irrigado a partir do início da fase de florescimento, conseguiu recuperar sua área foliar e atingir uma produtividade igual àquela obtida no tratamento IPTP. O tratamento ISFV, com a retirada do sombreamento, não conseguiu recuperar a área foliar e, assim, a produtividade de grãos foi fortemente afetada, apresentando uma queda de 40%, em relação ao IPTP. NIFF apresentou uma queda de 25% em produtividade de grãos. Os valores médios de produtividade para IPTP, ISFV, NIFV e NIFF foram 3,64, 2,19, 3,78 e 2,74 t ha -1 , respectivamente. Na fase vegetativa, os tratamentos ISFV e NIFV apresentaram uma redução na fotossíntese máxima (P m ) de 34 e 44%, respectivamente. Na fase de florescimento, NIFF mostrou queda de 35% em P m . Na eficiência de uso da radiação, ao longo de todo o ciclo, ISFV, NIFV e NIFF apresentaram quedas de 36, 8 e 3%, respectivamente. Na eficiência de uso da água, ISFV apresentou queda de 50% enquanto NIFV e NIFF mostraram aumento de 10 e 27%, respectivamente. Para o ciclo todo, IPTP, ISFV, NIFV e NIFF apresentaram os valores de 0,49, 0,85, 0,64 e 0,70, para o coeficiente de extinção da radiação solar, e 0,037, 0,044, 0,039 e 0,038 m 2 g -1 , respectivamente, para área foliar específica. O comprimento do ciclo da cultura foi diminuído no ensaio realizado em 1997/98, em virtude da elevação da temperatura média. A variedade de soja ‘Capinópolis’ mostrou- se sensível ao estresse hídrico, na fase de florescimento, e ao estresse por sombreamento na fase vegetativa, ao passo que a deficiência hídrica, na fase vegetativa, mostrou-se benéfico para a produtividade de grãos, capacitando melhor a cultura para a captura de recursos tais como água, nutrientes, radiação e CO 2 durante as fases subseqüentes. Os parâmetros fisiológicos variaram, conforme o ambiente ao qual a cultura foi exposta. |