Controle biológico de Ancylostoma spp. e de Toxocara canis por fungos nematófagos
Ano de defesa: | 2010 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Doutorado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1468 |
Resumo: | O convívio do homem com cães e gatos não se limita a uma situação de cohabitação familiar. Estes animais freqüentam também áreas públicas de lazer destinadas à populacão humana e, com freqüência, defecam nestes locais. Fezes de animais parasitados, depositadas no ambiente podem tornar o solo contaminado com ovos e larvas de helmintos, os quais muitas vezes são agentes de várias zoonoses, com destaque para o Ancylostoma spp. e Toxocara sp. pelo potencial zoonótico e por serem os mais prevalentes. O controle do estágio adulto destes nematóides é baseado na utilização de anti-helmínticos, no entanto, o uso de agentes biocontroladores pode ser uma medida complementar reduzindo a população dos estágios pré-parasitários em desenvolvimento no solo. Dentre os organismos biocontroladores, sabe-se que os fungos nematófagos têm tido eficácia contra os nematóides de animais domésticos. A fim de determinar o melhor fungo para o controle do Ancylostoma spp., sete isolados de fungos predadores de nematóides, Duddingtonia flagrans (AC001), Monacrosporium thaumasium (NF34a), M. appendiculatum (CGI), M. sinense (SF53), Arthrobotrys conoides (I-40), A. cladodes (CG719) e A. robusta (I-31) foram avaliados in vitro quanto à capacidade de predar larvas infectantes (L3) de Ancylostoma spp. Os isolados AC001, I-31 e NF34a mostraram mais eficazes na captura das L3 de Ancylostoma spp. no teste in vitro e em seguida foram avaliados in vivo quanto à capacidade de suportar a passagem pelo trato gastrintestinal de cães, sem perda da habilidade de predar L3 de Ancylostoma spp. Os isolados fúngicos sobreviveram à passagem e foram eficientes em predar as L 3 nas primeiras 48h de coleta das fezes (P<0,05), após este período apenas o isolado NF34a manteve eficaz até o tempo de 96 h de coleta (P<0,05) e foi utilizado no teste in vivo. Com o objetivo de avaliar a eficácia do fungo nematófago Monacrosporium thaumasium (isolado NF34a) no controle biológico da ancilostomose de cães, doze animais adultos foram divididos em dois canis formando um grupo controle (sem tratamento fúngico) e um grupo tratado com 0,5g de micélio fúngico por quilograma de peso vivo, duas vezes por semana (segunda e quinta feira), durante seis meses. A cada 15 dias foram coletadas amostras de solo em cada canil, para a pesquisa das larvas infectantes (L3) no período de março a setembro de 2008. A partir de junho até o final do experimento (setembro) as médias de L 3 recuperadas no solo do canil controle foram maiores do que as médias do canil tratado (p>0,05), comprovando a ação do fungo M. thaumasium sobre as larvas do solo, podendo servir como uma alternativa de controle ambiental do Ancylostoma spp. de cães. Para determinar o melhor fungo no controle do Toxocara canis, foi avaliada a atividade ovicida, in vitro, dos fungos oportunistas Pochonia chlamydosporia (isolados VC1 e VC4) e Paecilomyces lilacinus sobre ovos de Toxocara canis. Todos os isolados fungicos apresentaram atividade ovicida (efeito tipo 3) sobre ovos de T. canis e são promissores candidatos a controladores biológicos deste helminto. |