Ação de diferentes desinfetantes na viabilidade e desenvolvimento de ovos e na migração larvar de Toxocara cati (Schrank,1788) em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Tavares, Pedro Vianna lattes
Orientador(a): Scott, Fabio Barbour lattes
Banca de defesa: Scott, Fabio Barbour, Tancredi, Ian Philippo, Martins, Isabella Vilhena Freire
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12006
Resumo: O Toxocara cati é um dos principais parasitos intestinais de gatos e exerce grande importância em saúde pública sendo agente zoonótico da Larva Migrans Visceral e Ocular em humanos. Estudos para eliminar as formas infectantes deste helminto são escassos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a ação de diferentes soluções desinfetantes sobre o desenvolvimento de ovos de T. cati e a viabilidade e infectividade de larvas presentes em ovos deste parasito. Os ovos foram obtidos a partir da dissecação de fêmeas de T. cati, recuperadas de gatos comprovadamente infectados. Estes foram suspensos em água destilada e divididos em cinco grupos com seis repetições, cada qual com aproximadamente 3300 ovos. Cada grupo foi exposto por uma hora, a um dos quatro desinfetantes comerciais selecionados e um controle, e em seguida lavados com água destilada para eliminação das soluções desinfetantes. Todas as amostras foram avaliadas quanto ao desenvolvimento dos ovos, através de alíquotas de 25µL observadas em microscópio óptico, nos dias 0, +3, +6, +9, +12, +15, +18, +21 e +24. Ao final do período de observação, 30 camundongos foram infectados com as amostras obtidas. Após 15 dias os camundongos foram eutanasiados e o cérebro, fígado, pulmões e rins, além da carcaça, observados macro e microscopicamente. A partir do dia +6 os ovos expostos aos diferentes tratamentos apresentaram larva no seu interior. E mesmo na avaliação do dia +24, os desinfetantes não foram capazes de inibir o desenvolvimento ou eliminar as larvas. O número das larvas recuperadas dos camundongos infectados demonstrou que houve migração larvar em todos os animais. O tecido que apresentou melhor recuperação entre os grupos foi a carcaça. Em nenhum animal tratado foram visualizadas larvas no cérebro. Nenhum desinfetante utilizado foi capaz de inibir a embriogênese dos ovos de T. cati após uma hora de exposição aos produtos. O potencial de infectividade e o padrão de migração das larvas foi mantido mesmo após o tratamento com os desinfetantes.