Análise do diferencial de rendimento por gênero e trabalho infanto-juvenil em contextos econômicos distintos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Raniella Orquiza da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27405
Resumo: Os anos de 2002, 2013 e 2014 podem ser visualizados como períodos antagônicos em termos econômicos, de forma que se contrasta o período de alta especulação (2002), ao de expansão econômica, melhoria da distribuição de renda e razoável estabilidade política (2004-2013) e, ainda, ao período subsequente (a partir de 2014), onde se verifica persistente recessão e incredibilidade no sistema político. Nesse cenário, a presente pesquisa busca compreender importantes problemáticas que apresentam estreita relação com a mudança do contexto socioeconômico. Especificamente, este trabalho consiste em dois estudos: um abordando o diferencial de rendimento entre homens e mulheres; e o outro o trabalho infanto-juvenil. O primeiro ensaio buscou averiguar o impacto de períodos antagônicos sobre o diferencial de rendimento de homens e mulheres, nos diferentes estratos de renda. Já o segundo ensaio buscou verificar se contextos econômicos distintos têm impacto sobre a alocação das crianças entre trabalho e estudo e suas combinações. Como resultado, para o primeiro ensaio, constatou-se o período de crescimento trouxe considerável avanço no sentido de igualdade salarial de gênero, resultando na redução do hiato a partir do 10° quantil. Mesmo com a crise, houve continuidade dessa queda, pelo menos para os trabalhadores que pertenciam ao intervalo compreendido entre o 10° e o 65° quantil, enquanto que em alguns estratos, mais especificamente os que estão no intervalo compreendido entre o 70° e 80° quantil, percebeu- se um aumento do hiato salarial em comparação ao ano de 2013, se configurando em um possível caso do denominado exército de reserva. No segundo ensaio, pôde-se inferir que a década de 2003 a 2013 resultou, através do crescimento econômico e implementação de política públicas de combate à pobreza e trabalho infantil, no aumento do capital humano. Ou seja, as crianças e adolescentes tornaram-se mais propensas a dedicar o tempo exclusivamente ao estudo, reduzindo, consequentemente, a probabilidade de unicamente trabalhar, conciliar estudo e trabalho ou estarem inativas. A trajetória reverteu-se em 2014. Houve incorporação, por parte do mercado de trabalho, da mão de obra infanto-juvenil e redução na propensão de dedicar-se integralmente à escola. De forma geral, observou-se que os dois segmentos estudados apresentaram comportamentos distintos, de acordo com o ano em que se analisa, confirmando a necessidade de se realizar pesquisas tais como a aqui executada. Palavras-chave: Diferencial de rendimento por gênero. Regressão quantílica. Trabalho infanto-juvenil. Regressão multinomial multinível.