Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Prazeres, Jordana Luizi dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28831
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Resumo: |
É uma espécie não utilizada na medicina popular. Pesquisadores do grupo Bioprospecção Molecular no Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOPROS) identificaram compostos vitanolídeos presentes no extrato orgânico dessa espécie como responsáveis pelas atividades citotóxica e antitumoral. Como a A. velutina tem composição química bastante similar (vitanolídeos) e forte relação filogenética com a Withania somnifera (Solanaceae), a A. velutina apresenta potencial para ser usada como insumo farmacêutico ativo vegetal para a produção de fitoterápicos. Este estudo teve como objetivos: avaliar a toxicidade do extrato etanólico das folhas de Athenaea velutina (EEFoAv) e identificar os compostos vitanolídeos presentes no EEFoAv. Para o teste de toxicidade aguda, as ratas (n = 5) receberam uma dose oral única de 1000 mg/kg de peso corporal (pc) do EEFoAv e foram observadas por 14 dias. No teste de toxicidade de doses repetidas, ratos machos e fêmeas (n = 10) receberam doses orais de 250, 500 ou 1000 mg/kg de pc do EEFoAv, sendo tratados e observados por 28 dias. Após o período de tratamento, o grupo controle recovery e o grupo recovery permaneceram em observação por mais 14 dias. Foram identificados quatro compostos vitanolídeos majoritários no EEFoAv, utilizando a técnica Ultra High Performance Liquid Chromatography - High Resolution Mass Spectrometry (UHPLC-HRMS), sendo o Aurelianolídeo B em maior concentração. O EEFoAv não apresentou toxicidade oral aguda e nem de doses repetidas em ratos Wistar. O EEFoAv não causou mortalidade. Não houve parâmetros bioquímicos que indicassem toxicidade hepática ou renal. Não houve sintomatologia clínica, perda de peso corporal, alteração no consumo de água e ração, alteração do peso absoluto dos órgãos, alterações anatômicas dos órgãos e histopatológicas hepáticas. No estudo de toxicidade aguda, não houve alteração no peso relativo dos órgãos, nem9 alterações na hematologia. Porém, houve redução estatisticamente significativa nas concentrações de bilirrubina e de alanina aminotransferase (ALT) (p < 0,05). Os animais tratados durante o período de 28 dias apresentaram alterações nas concentrações de alguns parâmetros hematológicos e bioquímicos, como hemácias, concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM), colesterol total, colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade), colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade), aspartato aminotransferase (AST), creatina quinase isoenzima MB (CK- MB), lactato desidrogenase (LDH), ferro, sódio e potássio (p < 0,05). Houve redução significativa apenas do peso relativo do fígado das fêmeas do grupo recovery (p < 0,05). Todas as alterações bioquímicas foram revertidas, após a interrupção da administração do extrato, exceto a redução na concentração de sódio. Alterações nas concentrações de hemácias, hemoglobina, índice de amplitude de distribuição de hemácias (RDW) e ácido úrico (p < 0,05) ocorreram no grupo recovery. As alterações ocorreram em machos ou em fêmeas ou em ambos. Os resultados obtidos neste trabalho indicam ausência de toxicidade do EEFoAv, e serão utilizados para estabelecer as doses dos demais estudos não clínicos e clínicos, para posteriormente viabilizar o desenvolvimento e o registro de um medicamento fitoterápico a partir da espécie Athenaea velutina. Palavras-chave: Athenaea velutina. Solanaceae. Toxicidade. Matéria médica vegetal. |