Efeito da exposição subcrônica do extrato etanólico de Athenaea velutina (Sendtn.) D'arcy (Solanaceae) sobre parâmetros testiculares e epididimários de ratos Wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Costa, Luiz Pedro de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27924
Resumo: O uso de plantas com propriedades terapêuticas tem mostrado efeito positivo sobre funções reprodutivas. O gênero Athenaea (Solanaceae) é encontrado principalmente em regiões de Mata Atlântica. A espécie Athenaea velutina (Sendtn.) D’arcy tem se mostrado promissora em estudos recentes como fitoterápico em modelo patológico, sendo seu efeito associados aos compostos vitanolídeos encontrados no extrato. No entanto, não se tem estudos sobre sua ação na reprodução, assim como seus possíveis efeitos toxicológicos, principalmente sobre órgãos reprodutivos. Assim, o presente trabalho avaliou os efeitos do extrato etanólico da folha de A. velutina sobre órgãos reprodutores masculinos de ratos Wistar. Animais adultos tratados por 28 dias foram divididos em seis grupos experimentais (n=5/grupo): controle, tratados com PBS e 1% de DMSO; e os tratamentos com 250, 500 e 1000 mg/kg do extrato de A. velutina (G250, G500 e G1000). Dois grupos foram mantidos por mais 14 dias, sem o tratamento, para avaliação da ocorrência tardia de possíveis efeitos toxicológicos e foram denominados como: controle recovery, inicialmente tratados com PBS e 1% de DMSO; e G1000R, inicialmente tratados com 1000 mg/kg do extrato de A. velutina. O extrato de A. velutina não mostrou causar alterações em parâmetros clínicos e biométricos nos animais tratados. Em relação ao testículo, a avaliação microscópica evidenciou vacúolos na base e ápice do epitélio seminífero de alguns animais do grupo G1000. Observou-se alterações em parâmetros morfométricos tubulares, como aumento no percentual e volume da túnica própria, na altura do epitélio e no índice epitéliossomático, assim como diminuição no percentual e diâmetro do lúmen dos animais dos grupos G500 e G1000. Os componentes intersticiais não apresentaram alterações nos animais tratados com A. velutina. A estereologia e morfometria das células de Leydig mostrou aumento no diâmetro nuclear e em seus componentes nos animais dos grupos G500 e G1000. A histologia e morfometria do epidídimo dos animais tratados com extrato de A. velutina não apresentou alterações significativas. Em relação à atividade das enzimas antioxidantes, nenhuma alteração foi observada nos animais tratados. Por outro lado, o malondialdeído em animais dos grupos G250 e G500 teve sua concentração reduzida. Este trabalho mostrou que, apesar de algumas alterações estereológicas e morfométricas encontradas no testículo, o extrato de A. velutina não gerou toxicidade neste órgão, bem como no epidídimo. Pelo contrário, o extrato regulou positivamente as concentrações de malondialdeído oriundas de processos oxidativos celulares, mostrando um efeito benéfico para a reprodução masculina. Palavras-chave: Solanaceae. Morfometria. Estresse oxidativo. Toxicologia reprodutiva.