Dinâmica da produtividade da mão-de-obra na agropecuária de Minas Gerais: um estudo de convergência
Ano de defesa: | 2011 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos Mestrado em Economia Aplicada UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/47 |
Resumo: | O setor agropecuário mineiro experimentou, a partir da década de 60, um aumento expressivo de sua produtividade da mão-de-obra na agropecuária com o uso de insumos, equipamentos e técnicas modernas de cultivo, impulsionados pela revolução verde. Contudo, a implementação da política de modernização do setor, que viabilizou tais avanços, se deu de forma heterogênea ao longo do estado de Minas Gerais, o que gerou disparidades regionais. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo investigar se, por trás dessa tendência ascendente de produtividade e de sua distribuição dispare ao longo do estado, existe um processo de convergência, em que regiões agropecuárias de baixa produtividade estariam reduzindo o hiato existente em relação às regiões agropecuárias de alta produtividade. Para tanto, buscou-se analisar a sensibilidade de ocorrência ou não deste fenômeno a diferentes níveis de agregação geográfica (microrregiões e municípios), metodologias de teste e períodos de análise. Os resultados apontam que as microrregiões mineiras não apresentaram um processo de β-convergência absoluta e σ-convergência. Ao se modelar sua distribuição de produtividades mediante densidades de distribuição, vê-se que esta sofreu um deslocamento de massa para a esquerda, indicando piora na mesma. Utilizando-se um processo estacionário de primeira ordem de Markov, em sua versão discreta e contínua, para captar a dinâmica de evolução da distribuição de produtividades obteve-se um resultado de alta persistência. Os municípios apresentaram um processo de β-convergência absoluta, contudo, não foi verificado σ-convergência. Sua distribuição de produtividades também sofreu um deslocamento de massa para a esquerda. Já sua dinâmica de evolução apresentou um processo de convergência em direção a classes inferiores de produtividade. Conclui-se que o crescimento econômico não está sendo capaz de reduzir as diferenças regionais e que as políticas públicas direcionadas ao setor deveriam ser mais bem pensadas, visando não somente ao crescimento da produção. Dado que o desenvolvimento da agropecuária está em grande medida associado às habilidades e ao nível de escolaridade de seus trabalhadores e empresários, deve-se buscar a redução de tais desigualdades pela redução das desigualdades em termos de capital humano. Para tanto, políticas de treinamento da mão-de-obra rural, no ensino tradicional e alternativo, devem ser formuladas em conjunto com políticas de estímulo ao aumento da produção. |