A mudança nos meios de vida das famílias de Pedra Negra atingidas pela construção da Usina Hidrelétrica do Funil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Carvalho, Natan Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento
Mestrado em Extensão Rural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4194
Resumo: Esta dissertação teve como objetivo principal a tentativa de compreender a mudança nos meios de vida das famílias de Pedra Negra atingidas pela construção da UHE Funil. A ideia consistiu em entender os recursos e as estratégias de vida acionadas por essas famílias antes e depois da construção da usina, buscando analisar também o papel que os programas de compensação, na área socioeconômica, propostos pelo consórcio empreendedor, assumem dentro desta problemática. A partir da análise dos documentos referentes ao processo de licenciamento ambiental do empreendimento, da realização de entrevistas com uma técnica contratada pelo consórcio empreendedor e com alguns atingidos, bem como do trabalho de campo realizado entre as famílias do bairro Pedra Negra da cidade de Ijaci, em Minas Gerais, e que teve como referencia a Análise Situacional na forma com que propõe Van Velsen (1987), procuramos analisar as mudanças vivenciadas por essas famílias no que concerne a três temas principais: o Trabalho, a Sociabilidade e a Saúde. Sem ter a possibilidade de participar do processo de forma mais consciente e efetiva, os atingidos da comunidade de Pedra Negra acabaram sendo levados pelo processo . Ao perderem a autonomia sobre o seu presente, seu futuro e seu passado, que passam a ser manipulados pelo consórcio empreendedor, dono dos recursos (naturais e culturais, materiais e simbólicos) que serviam como meios de vida para aquelas famílias, seus membros passam a sofrer o ônus de um processo que os transcende, passando também a serem considerados como beneficiários da construção da UHE, um empreendimento que traz consigo o ideal de modernidade e o progresso.