Frequência de irrigação, absorção de fósforo e população de plantas na cultura do milho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Reginaldo Miranda de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27381
Resumo: O milho (Zea mays L) é a segunda maior cultura em volume de produção do Brasil, sendo cultivado em duas safras anuais, em diversas condições ambientais e de manejo, utilizando cultivares com diferentes desempenhos. Além das condições climáticas, os manejos da adubação e da água influenciam na qualidade e na produtividade da cultura. A necessidade hídrica do milho depende do clima, do estádio fenológico da cultura, do espaçamento entre plantas, do índice de área foliar, das condições nutricionais e fitossanitárias, entre outros. O fósforo é o nutriente menos exigido na cultura do milho em termos de quantidade se comparado ao N e K, entretanto, é determinante na produção de grãos, além de que, o seu suprimento no solo promove o uso mais eficiente da água. Neste trabalho teve-se como objetivo avaliar o efeito da frequência de irrigação na absorção de fósforo, nas características biométricas e produtivas da cultura do milho. O experimento foi conduzido no ano agrícola 2017/2018, na área experimental da Universidade Federal de Viçosa, em Coimbra-MG. O sistema de cultivo adotado foi o plantio direto. Foi adotado o esquema de parcelas sub-subdivididas, tendo nas parcelas o turno de rega (1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 dias), nas sub-parcelas duas populações de plantas (60.000 e 80.000 plantas ha -1 ) e nas sub-subparcelas quatro doses de fósforo (0, 50, 100 e 200 kg ha -1 de P 2 O 5 ) e em delineamento inteiramente ao acaso, com quatro repetições. A adubação fosfatada foi realizada com superfosfato triplo. As irrigações foram realizadas por um pivô central dotado de emissores do tipo i-Wobler, com vazão de 15,44 m 3 h -1 e coeficiente de uniformidade de aplicação de 93%. Os valores diários de evapotranspiração de referencia (ET 0 ) foram calculados com aplicação da equação de Penman-Monteith FAO-56 usando dados de estação meteorológica automática e o programa computacional REF-ET. Foram avaliadas as características: conteúdo de fosforo absorvido, altura das plantas, diâmetro do colmo, altura de inserção de espiga, diâmetro de espigas, comprimento de espigas, números de fileiras de grãos por espiga, números de grãos por fileira, grãos por espiga, massa de mil grãos, produtividade, massa de matéria seca (caule e folha) e IC (índice de colheita). Observou-se que a frequência de irrigação de dois dias, na população de 80 mil plantas por hectare resultou em maior conteúdo de fósforo nos grãos de milho nos tratamentos que receberam adubação fosfatada. No entanto, com a população de 60 mil plantas por hectare, o maior conteúdo de fósforo nos grãos ocorreu na frequência de irrigação de cinco dias. No plantio do milho com população de 80 mil plantas por hectare, o uso do turno de rega de dois dias resultou em maior produtividade, independente da dose de fósforo aplicada. Por outro lado, com população de 60 mil plantas por hectare, o efeito do turno de rega não foi bem evidenciado. A população de 80 mil plantas por hectare apresentou maiores alturas de plantas e de inserção de espigas, comparativamente à população de 60 mil plantas por hectare, independente do turno de rega adotado e da dose de fósforo aplicada. Por outro lado, a população de 60 mil apresentou maiores comprimentos de espigas, números de grãos na fileira, massa de 1.000 grãos e produtividade. Doses crescentes de fósforo, nos níveis estudados não influenciaram as características de produção. No entanto, foram afetadas as alturas de plantas, altura de inserção de espigas, conteúdo de fósforo nas folhas, no colmo, palha e sabugo e grãos na população de 60 mil plantas por hectare e, diâmetro de caule, conteúdo de fósforo nas folhas, caule, palha e sabugo e grãos na população de 80 mil plantas por hectare. Não foi evidenciado efeito da adubação fosfatada nas características produtivas estudadas: produtividade, índice de colheita, diâmetro de espigas, comprimento de espigas, número de fileiras de grãos, número de grãos na fileira, massa de 1.000 grãos.