Estímulos olfativos como enriquecimento ambiental em raposa-do-campo (Lycalopex vetulus), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e cachorro doméstico (Canis lupus familiaris) (Carnivora, Canidae)
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biologia e Manejo animal Mestrado em Biologia Animal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2293 |
Resumo: | As técnicas de enriquecimento ambiental (EA) são amplamente conhecidas e utilizadas para aumentar o bem estar e minimizar o estresse causado pela falta de estimulo do cativeiro. Apesar dos canídeos possuírem um aparato olfativo muito desenvolvido e sensível, o EA com odores tem sido pouco explorado. No estudo das espécies selvagens em cativeiro o uso de EA olfativo demanda facilidade de acesso e baixo risco de estresse. Além dos canídeos silvestres há uma grande população de cães que passa grande parte de suas vidas confinados em abrigos institucionais e ambos . poderiam ser beneficiados por programas de EA olfativo. O objetivo do estudo foi verificar e comparar a reação a estímulos olfativos em quatro espécies de canídeos Lycalopex vetulus, Cerdocyon thous, Chrysocyon brachyurus e Canis lupus familiaris com a introdução de enriquecimento ambiental olfativo. Os quatro estímulos olfativos atrativos foram apresentados externamente aos recintos e a reação dos animais foi filmada e posteriormente analisadas pelo método animal focal e o registro de todos comportamentos.. As respostas comportamentais foram classificadas em positivas, negativas e outras. Foram calculadas as médias dos tempos de registro para cada conjunto de comportamentos. Para os quatro canídeos analisaram-se as diferentes respostas nas fases basais (antes do estímulo), durante o enriquecimento e após a retirada do estimulo olfativo. Em cães compararam-se diferentes respostas nos diferentes estímulos e se houve diferença nas respostas por tamanho de matilha mantida em cada baia. Já com silvestres foram calculadas as diferentes respostas entre as diferentes espécies. Para as quatro espécies, os estímulos olfativos positivos alteraram as respostas comportamentais. Aumentaram os comportamentos positivos e em cachorro-do-mato e cães aumentaram também os negativos da fase pré para a fase com o estímulo. Apenas em cachorro-do-mato houve aumento nos comportamentos positivos após a retirada do estímulo. Entre as espécies silvestres os cachorros-do-mato e as raposas-do-campo foram os mais distintos nos comportamentos com o lobo-guará intermediário entre as duas espécies. Em geral, o EA olfativo não foi efetivo para enriquecer e melhorar o bem estar animal, com exceção do lobo-guará. Houve diferentes reações entre as espécies, sugerindo que é necessário conhecer a biologia de cada espécie dentro de uma mesma a família (Canidae) para adequar estímulos que estimulem respostas comportamentais desejáveis aos objetivos do EA. |