Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Carlos Augusto dos Santos
|
Orientador(a): |
Figueiredo, Marcelo Abidu
|
Banca de defesa: |
Figueiredo, Marcelo Abidu
,
Chagas, Maurício Alves
,
Souza Junior, Paulo de
,
Carvalho, Yuri Karaccas de
,
Vianna, André Rodrigues da Cunha Barreto
|
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
|
Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9194
|
Resumo: |
Apesar de ser uma família muito heterogênea, os canídeos podem ser vulgarmente separados em dois tipos distintos: os cachorros, lobos e chacais e em raposas e graxains. São espécies importantes na modulação da estruturação de comunidades biológicas e frequentemente encontradas em criatórios e jardins zoológicos. O objetivo deste estudo foi caracterizar os aspectos macroscópicos, microscópicos e histomorfométricos dos pênis de C. thous e L. gymnocercus, de modo a contribuir com informações que possam subsidiar o manejo reprodutivo em cativeiro e favorecer a conduta clínica que envolvam este órgão. Foram utilizados 14 cadáveres, machos e adultos (sete C. thous e sete L. gymnocercus). Os animais foram posicionados em decúbito lateral direito e sua parede torácica foi dissecada permitindo o acesso a aorta torácica, que foi devidamente canulada para a fixação com solução de formaldeído a 10%. Posteriormente, os animais foram dissecados e as regiões anatômicas, bem como, as estruturas de estática do pênis de ambas as espécies foram registradas e identificadas. Para a caracterização macroscópica 2 pênis de cada espécie foram cortados: uma secção sagital e uma transversal em diferentes regiões para exame ao microscópio estereoscópico. Os 10 pênis remanescentes tiveram clivadas a região do corpo do pênis (5 de cada espécie) e foram submetidos ao processamento histológico de rotina para inclusão em parafina. De cada amostra foram feitos 5 cortes com 5 micrometros de espessura cada, para cada tipo de coloração. As colorações de hematoxilina-eosina, Tricrômico de Mallory, orceína e Picrosirius red permitiram a caracterização dos elementos da matriz extracelular. A técnica de imunohistoquimica com anticorpo anti-alfa-actina foi realizada para a marcação das células musculares. A raiz, o corpo e a glande foram identificados como as regiões anatômicas dos pênis destas espécies. As áreas penianas (a área total do pênis, área do corpo cavernoso, área do corpo esponjoso e área luminal da uretra) foram mensuradas e os valores expressos em mm². A área luminal da uretra de C. thous e L. gymnocercus mediu 0,089 ± 0,048, e 0,095 ± 0,037, respectivamente (P = 0,8177). A área total do pênis em C. thous mediu (26,981 ± 4,842) e em L. gymnocercus (20,228 ± 5,245) (P = 0,0673). A área do corpo cavernoso de C. thous foi significativamente maior (9,929 ± 2,607) que a de L. gymnocercus (6,083 ± 1,048) (P = 0,0156). A área de corpo esponjoso de L. gymnocercus foi significativamente maior (2,068 ± 0,424) que a de C. thous (1,520 ± 0,188) (P = 0,0297). Os resultados da análise histoquímica e imunohistoquimica do pênis de C. thous e L. gymnocercus revelaram uma histoarquitetura do tipo fibroelástica, contrariando a literatura vigente para carnívoros. Os resultados da presente pesquisa sugerem uma revisão da classificação peniana para carnívoros. Além de nos permitir compreender aspectos do comportamento reprodutivo dessas espécies, a fim de melhorar o manejo dos animais em cativeiro, bem como, contribuir para a melhoria da conduta clínica no apoio ao diagnóstico de doenças penianas |