Manejo florestal em faixas alternadas para Floresta Ombrófila Aberta no município de Codó, Estado do Maranhão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Gama, João Ricardo Vasconcellos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9311
Resumo: Este estudo foi conduzido na área de manejo florestal do Projeto Magela, localizado no município de Codó-MA (04o 35 20 S e 43o 49 55,2 W), que tem como detentor a empresa MARGUSA (Maranhão Gusa S.A.). Os objetivos foram ajustar um modelo volumétrico para estimar, simultaneamente, o volume de fuste e o volume total de árvores individuais; analisar a composição florística, a estrutura horizontal e as distribuições de diâmetro, área basal e volume total da floresta; e executar a análise técnica e financeira, comparando os sistemas de manejo florestal em faixas alternadas e o sistema seletivo. Foram cubadas 364 árvores-amostra com amplitude diamétrica entre 2,5 e 90 cm. Ajustou-se o modelo de Schumacher e Hall com uma variável binária para a estimativa dos volumes de fuste e totais com e sem oco; e o volume total e de fuste da espécie Cenostigma macrophyllum Tul (Leguminosae). Foram lançadas 21 parcelas de 50 x 200 m de forma aleatória, sendo 12 parcelas em Floresta Ombrófila Aberta com cipó (FOAcipó) e nove parcelas em Floresta Ombrófila Aberta com palmeira (FOApalmeira). Amostraram-se todos os indivíduos com dap ≥ 15 cm (nível I de inclusão), e em subparcelas de 5 x 50 m, os indivíduos com 5 cm ≤ dap < 15 cm (nível II de inclusão). Para obtenção de dados quantitativos da estrutura da floresta remanescente e estimação dos coeficientes técnicos de manejo, foi executado um inventário após a colheita em seis parcelas permanentes de 50 x 200 m, e em cada uma foram mensuradas todas as árvores e palmeiras com dap ≥ 5 cm. Para a análise financeira, utilizaram-se o valor presente líquido para o horizonte infinito, o valor esperado da terra, o valor anual equivalente, a razão benefício/custo, a taxa interna de retorno e custo médio de produção. Os resultados demonstraram que as equações resultantes do ajuste do modelo de regressão podem ser utilizadas, com precisão, na quantificação dos volumes de fuste e totais de árvores em Floresta Ombrófila Aberta. A FOApalmeira apresentou maior diversidade florística, melhor qualidade estrutural e menor capacidade produtiva que a FOAcipó. As espécies de maior importância ecológica em FOAcipó foram Cenostigma macrophyllum, Galipea jasminiflora Encley (Rutaceae), Hymenaea parviflora Huber (Leguminosae) e Duguetia cadaverica Huber (Annonaceae). Em FOApalmeira, as espécies mais importantes foram Orbignya speciosa (Mart.) Bard. Rodr. (Arecaceae), Actinostemon klotzchii (Didr.) Pax (Euphorbiaceae), Cenostigma macrophyllum e Hymenaea parviflora Huber (Leguminosae). As espécies indicadoras de FOAcipó e FOApalmeira foram, respectivamente, Cenostigma macrophyllum e Orbignya speciosa. As fitocenoses apresentaram potencial para produção sustentada de madeira para energia. Os resultados dos indicadores econômicos mostraram que os sistemas de manejo estudados são financeiramente viáveis, sendo o sistema seletivo a melhor alternativa econômica. Entretanto, o sistema em faixa apresentou maior viabilidade ambiental e melhor rendimento operacional de colheita (corte e traçamento). O carvão produzido a partir de sistemas de manejo florestal sustentável pode competir com o carvão adquirido no mercado.