Distribuição de diâmetros e dinâmica em área submetida ao manejo e ao incêndio acidental no oeste do Pará
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciência Florestal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29691 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.216 |
Resumo: | O desmatamento irregular, a extração ilegal de madeira e os incêndios florestais são as principais causas de mortalidade de árvores na Amazônia. O manejo florestal é a principal ferramenta para combater estas perdas. A recuperação dessas florestas é essencial e pode ser estimada por meio de modelos de crescimento e produção. Quanto maior a exatidão do ajuste de funções à distribuição da floresta maior a precisão das prescrições no manejo. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de ações antrópicas na distribuição de diâmetros e ajustar funções densidade de probabilidade que descrevam a distribuição dos diâmetros antes e após a colheita e o incêndio florestal de uma floresta manejada na Amazônia. A área experimental possui 500 ha e foi submetida ao manejo florestal pela Coomflona no ano de 2008. A primeira medição foi realizada em 2007. A segunda medição foi realizada em 2010 e a terceira medição ocorreu em 2013. Em novembro de 2015 ocorreu incêndio na área de estudo na FLONA Tapajós. Um ano após, em 2016, foi realizada a quarta medição. Para verificar se houve diferença entre os períodos avaliados utilizou-se o teste t para amostras dependentes, para as seguintes variáveis: densidade, área basal e volume. Foram selecionadas quatro funções densidade de probabilidade com potencial de uso no ajuste da distribuição de diâmetros de florestas tropicais naturais, são elas: Weibull 3P, Exponencial, Log Pearson III e Frechet 3P. Para avaliar a aderência das funções aos dados utilizou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov. A floresta estudada apresentou distribuição de diâmetros na forma de J-invertido nos quatro períodos que foram avaliados. Mesmo com uma perda de 12,4 árvores por hectare não houve diferença significativa na densidade antes e após a colheita de acordo com o teste t para amostras dependentes. Já o incêndio florestal provocou a redução da densidade, em consequência, houve perda de área basal e volume em todas as parcelas. Estatisticamente foi observada diferença significativa para densidade, área basal e volume antes e após incêndio. A colheita foi responsável pela mortalidade do equivalente a 15,1 árvores ha -1 ano -1 . O incêndio florestal provocou a mortalidade do equivalente a 46,1 árvores ha -1 ano -1 . Não obstante mais 8,9 árvores ha -1 ano -1 morreram por causas naturais entre 2013 e 2016. Assim, a floresta ficou com um balanço negativo de 51,4 árvores ha -1 ano -1 após o incêndio. De acordo com o teste de K-S, a função exponencial foi a que melhor descreveu a distribuição dos diâmetros antes e após colheita e incêndio, ocupando a primeira colocação em quase todas as parcelas. A estrutura e dinâmica da floresta foram alteradas pela colheita e pelo incêndio florestal. A função exponencial descreveu de forma consistente e eficiente as mudanças ocorridas na estrutura da floresta. Palavras-chave: Floresta Amazônica. Manejo florestal. Incêndio florestal. Funções densidade de probabilidade. |