Estudo sobre o desempenho dos estudantes com deficiência no ENEM 2019

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Duarte, Humberto Filipe Faria Lelis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28151
Resumo: O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi criado em 1998, para avaliar a proficiência dos seus participantes ao final do Ensino Médio. Até 2008, o ENEM era constituído de uma única prova com 63 questões interdisciplinares. Em 2009, ocorreu a reformulação do ENEM, o qual passou a ser constituído por quatro provas objetivas – Linguagens e Códigos, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza – e uma proposta de redação. A partir dessa edição, o ENEM passou a ser utilizado como forma de seleção, em substituição ao vestibular, por uma ampla maioria de Instituições de Ensino Superior, e também iniciou uma maior inclusão das pessoas com deficiência, através da política pública de atendimento especializado. Desta forma, os objetivos gerais desta dissertação são analisar as características do desempenho dos estudantes com deficiência e avaliar o efeito da política pública de atendimento especializado sobre o desempenho dos mesmos, no ENEM 2019. As estratégias empíricas empregadas consistem em um Modelo Hierárquico de dois níveis, para estudar o primeiro objetivo geral, e o Propensity Score Matching, para trabalhar o segundo objetivo geral. Nos resultados, observou-se que o grupo dos estudantes com deficiência é composto, em relação aos estudantes sem deficiência, por uma maior porcentagem de pessoas brancas e com idade maior, pais mais escolarizados, renda familiar mais elevada, maior acesso a computador no domicílio e uma porcentagem maior de matriculados em escolas privadas. Ademais, as variáveis que interferiram positivamente sobre o desempenho dos estudantes com deficiência foram a escolaridade dos pais; a renda familiar ser superior a dois salários mínimos e o estudante ter acesso a computador no domicílio; já de forma negativa, influenciaram o desempenho a idade, a quantidade de pessoas que residem no mesmo domicílio que o estudante, o fato de terem estudado em escola pública e de residirem nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste ou Sul. Além disso, os estudantes com deficiência que receberam a política pública de atendimento especializado, tiveram notas médias, nas provas de Linguagens e Códigos e Matemática, superiores às médias das notas dos estudantes sem deficiência que não receberam esta política pública. Portanto, conclui-se pela necessidade de manutenção e ampliação da política pública de atendimento especializado, para promover ainda mais a inclusão educacional das pessoas com deficiência, e também um maior investimento na Educação Especial e nas demais políticas públicas educacionais e de geração de emprego, elevação da renda e diminuição da desigualdade social, para elevar a proficiência dos estudantes com deficiência e produzir maior igualdade entre o desempenho dos estudantes com deficiência em relação ao desempenho dos estudantes sem deficiência. Palavras-chave: Desenvolvimento Econômico. Economia da Educação. Pessoas com Deficiência. ENEM 2019. Modelo Hierárquico. Propensity Score Matching.