Veleidades histórico-culturais em Dôra, Doralina (1975): representação feminina na literatura de Rachel de Queiroz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Thaís Fernanda da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Estudos Linguisticos e Estudos Literários
Mestrado em Letras
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4864
Resumo: A presente dissertação investiga como o romance de Rachel de Queiroz, Dôra, Doralina, representa as transformações sociais na imagem feminina, em diálogo com as relações e influências do contexto sociocultural brasileiro da década de 30. A análise se concentra na investigação dos elementos sociais que atuam na tessitura narrativa, como componentes norteadores para os comportamentos da protagonista, tendo como pano de fundo o contexto da Revolução de 30 no Brasil, com suas revoltas sociais e embates políticos, a Industrialização oriunda de influências externas, e a véspera da Segunda Guerra Mundial, relacionando-se com o drama de vida da protagonista, revelando a sua perspectiva diante dos acontecimentos históricos do país. Tendo em vista que o romance se apresenta em forma de relato memorialístico, concentramo-nos na análise da figura da narradora para tecer considerações a respeito de sua transformação no cenário ficcional, isto é, para entender a forma como a narrativa se desenvolve a medida que os fragmentos sobre o cenário nacional vão se construindo no imaginário do leitor, e os dramas pessoais vividos por ela também vão se mostrando e acompanhando tais desenvolvimentos. O foco do estudo dar-se-á em torno do relato de Dôra para entender as relações entre a construção de sua imagem e a possibilidade de abertura para se pensar uma nova mulher , concebida dentro de uma noção em que considera a dimensão ideológica e social da literatura.