A mulher da ficção e do jornal: uma leitura das confluências femininas em Rachel de Queiroz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Thaís Fernanda da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152918
Resumo: RESUMO: A presente pesquisa visa investigar a construção ficcional da mulher em Rachel de Queiroz a partir do confronto entre seus romances O Quinze, Dôra, Doralina e Memorial de Maria Moura, protagonizados por mulheres, e suas crônicas jornalísticas publicadas no jornal O Estado de S. Paulo, especificamente naquelas em que há menção aos posicionamentos da escritora diante da imagem feminina e da justificativa de seu modo de pensá-la. Este estudo surge através da sugestão de haver um descompasso entre a construção de mulher representada na ficção e a elaborada nas colunas do jornal. Para tanto, serão utilizadas abordagens de pesquisadores e teóricos sobre a mulher na literatura (como Heloísa Buarque de Hollanda, Nelly Novaes Coelho, Lígia Chiappini, entre outros), a escrita feminina no jornal e a relação entre o jornal e a literatura na visão de Nelson Werneck Sodré e Alceu Amoroso Lima, por exemplo, além de analisar questões relacionadas aos aspectos socioculturais do Brasil, que direta ou indiretamente se manifestam na representação da mulher nas narrativas de Rachel de Queiroz. Atentando para o fato de a romancista ter sido considerada uma importante voz sobre o ser feminino, mostra-se importante uma análise que abarque a imagem da mulher simbolizada por suas protagonistas subversivas, em cotejo com o próprio pensamento da escritora sobre a maneira como ela vê esse sujeito para se compreender também o modo como se estabelece a formação de identidade na relação entre o aspecto psicológico do indivíduo e a transformação do mundo exterior. Tal comparação tem como objetivo desenvolver as reflexões sobre a mulher racheliana, e entender como a sua postura vista, por vezes, como contraditória, pode ser compreendida como um desdobramento das próprias questões socioculturais, no contexto e no pensamento da sociedade brasileira.