Indução e recuperação do estado viável não cultivável de Salmonella enterica e Shigella flexneri

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Mayara Messias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Microbiologia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/32113
Resumo: O estado viável não cultivável (VNC) foi verificado em diversas espécies de micro- organismos, muitas das quais são patógenos de importância alimentar, tais como Salmonella e Shigella. Nesta condição, os micro-organismos perdem a capacidade de crescer nos meios de cultura convencionais, mas mantém viabilidade quando analisados por técnicas de contagem direta, como microscopia. Salmonella e Shigella podem entrar nesta condição fisiológica como mecanismo de resposta as variações ambientais e recuperar culturabilidade quando as condições de sobrevivência forem novamente favoráveis. Neste trabalho, foi acompanhado o comportamento de Salmonella enterica sorovar Enteritidis PT4 578 e Shigella flexneri durante a indução ao estado VNC, além de avaliar estratégias de reativação celular. Após a entrada no estado VNC por estresse nutricional, associado ao osmótico e baixa temperatura ou ao estresse oxidativo, as células foram submetidas a diversos tratamentos de recuperação, utilizando a combinação de alguns fatores, tais como meios de cultura, temperatura de incubação, agentes antioxidantes, condição atmosférica e métodos de esterilização dos meios. S. flexneri mostrou-se mais resistente às condições de estresses as quais foram expostas para indução ao estado VNC, pois células cultiváveis foram detectadas em meio de cultura após 277 dias sob os estresses nutricional, osmótico e frio, ao passo que Salmonella Enteritidis perdeu a culturabilidade em caldo BHI, após 133 dias de indução por estes mesmos agentes estressantes. Sob condições de estresse oxidativo, este sorovar não apresentou crescimento em TSA após 3 horas de indução, enquanto S. flexneri foi capaz de crescer após este mesmo período de tratamento. Análises por citometria de fluxo revelaram a presença de células viáveis de ambas espécies sob as condições de estresses utilizadas para indução ao estado VNC, entretanto, não foi possível recuperar a culturabilidade destas células utilizando as condições propostas, nas quais diversos fatores foram combinados totalizando assim 69 tratamentos de recuperação. Além disso, não foi observada diferença da presença de espécies reativas de oxigênio (ROS) intracelular entre células em estado VNC e células viáveis em fase estacionária de crescimento em ambas espécies estudadas.