Condições para indução do estado viável não cultivável (VNC) em Salmonella e Escherichia coli

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Floresta, Flávia Arruda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Associações micorrízicas; Bactérias láticas e probióticos; Biologia molecular de fungos de interesse
Mestrado em Microbiologia Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5332
Resumo: O efeito do cloreto de sódio sobre o crescimento e a sobrevivência de Salmonella e Escherichia coli, e também sua capacidade de induzir o estado fisiológico viável mas não cultivável foram investigados. Estirpes de Salmonella e E. coli isoladas de carcaças suínas e linhagens de referência foram utilizadas neste estudo. As velocidades máximas de crescimento, em meio Infusão Cérebro e Coração (BHI), foram menores em todas as concentrações de NaCl para as quatro estirpes estudadas. O comportamento das estirpes de Salmonella e E. coli foi afetado de forma diferente pelo NaCl em células provenientes de fase log e estacionária de crescimento. Tanto para Salmonella como para E. coli, as células provenientes de fase log de crescimento apresentaram redução do número de unidades formadoras de colônia por mL (UFC/mL) ao longo de dez dias de estocagem a 4 ºC, em meio BHI. Para células provenientes de fase estacionária de crescimento, o número de UFC/mL permaneceu quase inalterado no mesmo período de estocagem nas concentrações superiores a 0,68 M e 1,02 M de NaCl para Salmonella e E. coli, respectivamente. Nas concentrações de 0 e 0,17 M de NaCl os microrganismos apresentaram crescimento nas duas fases estudadas. Quando avaliou-se o comportamento das estirpes em solução fosfato de Butterfield (BPS) nas mesmas concentrações de NaCl, observou-se que, nas concentrações 0 e 0,17 M de NaCl, as estirpes de Salmonella e E. coli não apresentaram crescimento e, nas concentrações de 0,68 M e 1,02 M para as estirpes de Salmonella e 1,02 M e 1,28 M de NaCl para as de E. coli, observou-se queda na culturabilidade no período de dez dias de estocagem quando células da fase log foram avaliadas, no entanto quando células da fase estacionária foram testadas o número de UFC/mL foi praticamente o mesmo para todas as concentrações de NaCl utilizadas. Na detecção de células no estado viável não cultivável, constatou-se que parte das células das quatro estirpes provenientes da fase log de crescimento nas maiores concentrações de NaCl testadas para cada uma delas, provavelmente, estavam no estado VNC. Sob condições de estresse osmótico devido ao NaCl, as células do isolado E. coli CCS4 apresentaram mudanças morfológicas por microscopia eletrônica de varredura. Em meio BHI e BHI adicionado de 0,17 M, 1,02 M as células mostraram-se na forma filamentosa, em BHI com 1,28 M de NaCl algumas células diminuíram de tamanho e outras se desintegraram. Em BPS, todas as condições testadas induziram a diminuição do tamanho das células e na concentração de 1,28 M de NaCl transição para a forma cocóide foi observada. Esses resultados sugerem que estresse osmótico e temperatura de refrigeração induzem o estado VNC nos isolados de Salmonella e E. coli obtidos a partir de carcaças suínas.