Padrões alimentares e escore de síndrome metabólica em crianças de 8 e 9 anos do município de Viçosa, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Villa, Júlia Khéde Dourado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7311
Resumo: A síndrome metabólica (SM) é determinada por uma série de fatores que resultam em maior risco de desenvolvimento de doença cardiovascular (DCV) e diabetes mellitus tipo 2 (DMZ). Seu diagnóstico e' realizado com base em anormalidades metabólicas, que incluem obesidade abdominal, pressão arterial elevada e alterações nos metabolismos lipídico e glicídico. Para adultos, a SM e' amplamente estudada e os critérios para sua definição nesta faixa etária são bem definidos. No entanto, não há uma definição universal para crianças, bem como permanecem pouco explorados determinantes alimentares desta síndrome para esta faixa etária. Trata-se de um estudo transversal que teve como objetivo avaliar o risco cardiometabólico por meio de um escore de SM e verificar sua associação com os padrões alimentares de crianças de 8 e 9 anos do município de Viçosa, Minas Gerais. Para selecionar as variáveis de risco cardiovascular que iriam compor o escore de SM, foi verificado o padrão de agrupamento das diversas variáveis antropométricas, bioquímicas e clínicas, por meio da análise fatorial por componentes principais. As variáveis de risco estudadas foram: perímetro da cintura (PC), modelo homeostático de resistência à insulina (HOMA), lipoproteína de alta densidade (HDL), triacilglicerol (TAG) e pressão arterial média (PAM). Para cada criança, foram criados escores-z de cada variável selecionada, e a soma desses escores-z originou o escore de SM. A curva receiver operating characteristic (ROC) foi utilizada para identificar o ponto de corte do escore de SM, utilizando-se como variável classificatória o diagnóstico de SM segundo critérios modificados para a idade. O escore de SM pressupõe que todos os componentes da SM contribuem de forma semelhante para o risco cardiometabólico conjunto e que escores mais elevados indicam perfil metabólico menos favorável. O escore de SM foi associado ao consumo alimentar das crianças estudadas. O consumo alimentar foi avaliado por registros alimentares de três dias não consecutivos, sendo um dia de fim de semana, e quantificado em gramas de grupos alimentares. Análise fatorial por componentes principais e subsequente rotação ortogonal (varimax) foram utilizadas para determinar os padrões alimentares. Regressão de Poisson foi utilizada para estimar a associação entre a prevalência de SM, determinada pelo ponto de corte do escore de SM, e os padrões alimentares das crianças. Cinco padrões alimentares foram extraídos, sendo estes: “Tradicional”, “Bebidas adoçadas e lanches”, “Monótono”, “Saudável” e “Ovo-lacto”. O padrão alimentar “Bebidas adoçadas e lanches” foi o único associado à SM na amostra. Escolaridade materna também se associou de forma direta ao risco cardiovascular na amostra. Não foram observadas associações entre os padrões “Tradicional”, “Monótono”, “Saudável” e “Ovo-lacto” e a SM. O padrão “Saudável” foi associado de forma direta e 0 “Bebidas adoçadas e lanches” de forma inversa ao conteúdo dietético de calorias, de proteínas, lipídios e ácidos graxos monoinsaturados, poliinsaturados e saturados.