Síndrome Metabólica na infância: Uso de um escore contínuo e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lourenço, Larissa Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Ciência da Nutrição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30498
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.051
Resumo: A síndrome metabólica (SM) é caracterizada pela presença de pelo menos três das seguintes alterações: perímetro da cintura elevado; hipertensão arterial; altas concentrações de triglicerídeos; glicemia de jejum elevada e baixas concentrações de lipoproteína de alta densidade (HDL). Esse agrupamento de fatores de risco cardiometabólico ainda permanecem poucos explorados na literatura e um consenso sobre a sua definição para o público pediátrico ainda não foi estabelecido. Objetivo: Avaliar a prevalência de síndrome metabólica através do escore de risco e os fatores associados em crianças de quatro a sete anos do município de Viçosa, Minas Gerais. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, realizado com crianças de idades entre 4 e 7 anos, que foram acompanhadas pelo Programa de Apoio à Lactação (PROLAC) do município de Viçosa-MG. A pontuação do escore de risco contínuo para SM foi avaliada por meio da Análise de Componentes Principais (ACP). Os fatores de risco para SM utilizados no cálculo do escore foram o perímetro da cintura, HDL, triglicerídeos, pressão arterial média e glicemia. A ACP foi aplicada aos fatores de risco para derivar componentes principais e em seguida, o escore de risco contínuo para SM foi calculado somando os escores- Z. A análise da curva Receiver Operating Characteristics (ROC) foi realizada para a avaliar o ponto de corte capaz de predizer risco de SM pelo escore contínuo. A SM foi associada com as variáveis de interesse: estilo de vida, consumo alimentar, características socioeconômicas e demográficas, estado nutricional, composição corporal e histórico familiar. A normalidade das variáveis contínuas foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk. Foi utilizada a análise de regressão logística múltipla com adição de variáveis por níveis de acordo com o modelo teórico hierarquizado para avaliar os fatores associados à SM. O nível de siginificância estatística considerado foi α = 5%. Resultados: Observou-se uma elevação progressiva nos valores do escore da SM de acordo com o aumento no número dos seus fatores de risco. Os pontos de corte do escore obtidos para predizer a SM foi de >0,09, com a sensibilidade de 100% e especificidade de 72,67% (crianças de quatro a cinco anos) e de >0,14, sensibilidade 100% e especificidade de 64,65% (crianças de seis a sete anos). Considerando essa proposta de ponto de corte, foi observado uma prevalência de 34,3% para a SM e 49,8% das crianças apresentaram pelo menos um fator de risco. A chance de SM foi maior entre as crianças com excesso de peso e maior consumo calórico. Além disso, as crianças com maior percentual de massa magra tiveram menor chance de apresentarem a SM (OR: 0.96; IC95%:0.94 - 0.98). Conclusão: A pontuação do escore de risco calculada apresentou uma boa acurácia para prever a SM, além de uma alta sensibilidade e uma razoável especificidade. Ademais, o maior consumo calórico, o excesso de peso e o menor percentual de massa magra foram associados à ocorrência de SM em crianças de idades precoces, mostrando a necessidade de avaliar e intervir nesses fatores de risco para prevenir eventos cardiovasculares no futuro. Palavras-chave: Síndrome metabólica. Escore de risco contínuo. Risco cardiometabólicos. Crianças.