Freqüência e distribuição de Helicobacter ssp. na mucosa gástrica de cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Vieira, Fernanda de Toledo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4995
Resumo: A descoberta do Helicobacter pylori em seres humanos e a sua relação com gastrite, úlcera péptica e neoplasia gástrica, tem levado à renovação do interesse no estabelecimento da incidência e do significado clínico da bactéria em animais domésticos, especificamente cães. Existem vários relatos da presença de Helicobacter ssp em cães, mas a relação dessas bactérias com as alterações gástricas em cães ainda não está esclarecida. Os objetivos desse trabalho foram avaliar a presença de Helicobacter ssp em cães, analisar os achados macro e microscópicos, determinar a correlação entre a presença da bactéria e as alterações da mucosa gástrica, e destas com a idade, além de correlacionar a positividade do teste da urease à presença da bactéria. Durante as necropsias de 60 cães, foram coletadas amostras das regiões cárdica, fúndica, do corpo e pilórica dos estômagos para a realização do teste da urease e exame histopatológico. O teste da urease foi positivo em 95,12% dos animais. O exame histopatológico usando a coloração de Carbol- Fucsina revelou Helicobacter ssp em 96,66% dos animais. As alterações mais freqüentemente observadas em preparações coradas por HE foram infiltrados de células inflamatórias, predominantemente mononucleares, hiperplasia de nódulos linfóides e hiperemia. Houve correlação entre o teste da urease e a histopatologia para o diagnóstico de Helicobacter ssp em cães. Não houve correlação da infecção por Helicobacter ssp com a idade. Também não foi demonstrada correlação entre alterações inflamatórias, na presença da bactéria, com a idade dos animais. As regiões fúndica e do corpo do estômago apresentaram maior número de resultados positivos no teste da urease e as regiões do corpo e pilórica apresentaram maior número de resultados positivos à histopatologia. Houve correlação entre o número de Helicobacter ssp, o número de células inflamatórias e nódulos linfóides nestas regiões. O alto percentual de cães infectados por Helicobacter ssp e a variação na patogenicidade entre as espécies indicam a necessidade de estudos mais profundados para identificação de espécies mais patogênicas e de mecanismos de patogenicidade em cães. Além disto, devido ao potencial zoonótico, grande atenção deve ser dada às helicobactérias.