Descontrole glicêmico em pacientes adultos no pós-operatório de cirurgia cardíaca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Januário, Carla de Fátima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/32746
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.361
Resumo: Objetivo: Analisar o descontrole glicêmico em pacientes adultos em pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca. Método: Trata-se de um estudo conduzido em três etapas: revisão integrativa da literatura; estudo de coorte retrospectiva e desenvolvimento de um produto técnico. Foi realizado um estudo de coorte retorpectivo, através de coleta de dados secundários em prontuários de pacientes que realizaram cirurgia cardíaca. Resultados: De acordo com a literatura, os efeitos mais comuns da glicemia instável em pacientes em pós operatório imediato de cirurgia cardíaca são o aumento da mortalidade e do tempo de internação, fibrilação atrial, insuficiência renal aguda, acidente vascular encefálico, delirium, maiores custos, reinternações mais frequentes, maiores chances de infecção pós operatória. Em relação ao estudo de coorte, a incidência de descontrole glicêmico no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca foi de 40,7% (n = 37), entre os 91 pacientes analisados. A alteração mais incidente foi a hiperglicemia (86,5%) e apenas dois pacientes (5,4%) apresentaram hipoglicemia. Observou-se associação estatística significativa entre o uso prévio de insulina e a ocorrência de descontrole glicêmico durante o pós-operatório imediato (p=0.039). Das características clínicas nos pacientes que apresentaram o descontrole glicêmico, evidenciou- se, que no terceiro momento de aferição o valor da frequência respiratória foi maior (p= 0,043); no primeiro momento da aferição a saturação de oxigênio foi menor (p=0,040); no quarto momento de aferição o valor da temperatura foi menor (p=0,024). O uso de corticóides durante o quarto momento de aferição do valor de glicemia também esteve associado (p=0,039) ao descontrole glicêmico. A necessidade de correção glicêmica esteve associada ao descontrole glicêmico nos momentos 2,3 e 4 (p<0,001; p=0,001 e p=0,012, respectivamente). Sobre os valores absolutos de glicemia, os pacientes com descontrole glicêmico apresentaram maior variabilidade glicêmica (35,3 ±18,5%) e maiores médias de glicemia em todas as mensurações realizadas. Foi produzido uma cartilha sensibilizadora a respeito destes fatores de risco identificados. Conclusão: Identificar os efeitos da glicemia instável e a incidência e os fatores associados ao descontrole glicêmico em pacientes adultos em pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca é essencial para minimizar este evento, bem como melhorar a segurança e estabelecer cuidados baseados em evidências. Descritores: Enfermagem. Procedimentos cirúrgicos cardíacos. Controle glicêmico. Cirurgia torácica. Cuidados pós-operatórios. Cuidados intensivos.