Avaliação da incidência de infecção do sítio cirúrgico, em cães e gatos operados no hospital veterinário da UFV, associada a fatores de risco, bactérias isoladas e perfil de resistência aos antimicrobianos
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5105 |
Resumo: | O presente estudo teve como objetivo determinar a taxa de infecção do sítio cirúrgico (ISC) na Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa (HVT-UFV) e associar essa incidência com os seguintes fatores de risco: classificação da ferida cirúrgica de acordo com seu potencial de contaminação, realização de profilaxia antimicrobiana, prescrição de terapia antimicrobiana e quantidade de pessoas presentes na sala de cirurgia no momento do procedimento. Para isso os médicos veterinários residentes passaram por treinamento prévio para padronizar o diagnóstico de ISC, assim como a obtenção dos dados acima citados. Foram utilizados os animais atendidos na rotina cirúrgica do HVT-UFV sem alterá-la, no período de 02 de agosto de 2010 a 01 julho de 2011. Neste período foram incluídos no estudo 401 animais, entre cães e gatos, dos quais 21 apresentaram ISC, determinando uma taxa de infecção de 5,24%. Após análise estatística dos dados, foi verificada associação entre incidência de ISC e cirurgias com risco de contaminação maior que 5%, sendo estas denominadas cirurgias potencialmente contaminadas, contaminadas e infectadas, reunidas em um único grupo. Os demais fatores de risco avaliados não apresentaram associação com a ocorrência de ISC, porém, em relação à quantidade de pessoas presentes na sala de cirurgia detectou-se, em valores absolutos, uma taxa de ISC 2,84 vezes maior na sala em que estavam presentes mais de quatro pessoas. Objetivou-se ainda com a utilização da mesma amostra e no mesmo período, identificar as bactérias presentes nas feridas cirúrgicas com diagnóstico de ISC no HVT-UFV, assim como traçar seu perfil de resistência aos antimicrobianos. Diante disso, foram coletadas amostras dos 21 pacientes com diagnóstico positivo de ISC, as quais foram processadas para obtenção de culturas puras. A partir dessas 21 amostras foram obtidos 61 isolados, os quais passaram por testes bioquímicos para sua caracterização fenotípica e posteriormente por sequenciamento genético para sua caracterização genotípica. Foi também determinado o perfil de resistência aos antimicrobianos utilizados na Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais do HVT-UFV, os quais foram analisados da seguinte forma: amoxicilina/ácido clavulânico, cefalotina, tetraciclina, oxacilina e ampicilina para as bactérias Gram positivas e amoxicilina/ácido clavulânico, tetraciclina, ampicilina e enrofloxacino paras as Gram negativas. Após análise dos dados obtidos pode-se verificar a ocorrência de 12 gêneros de bactérias presentes nas feridas cirúrgicas diagnosticadas com ISC no HVT-UFV. Caracterizaram-se como Gram negativas 63,93% das bactérias identificadas, e dentre estas, o gênero Escherichia foi observado em maior número. Entre as bactérias caracterizadas como Gram positivas (36,07%), o gênero Staphylococcus foi verificado em maior quantidade. Neste gênero foi detectada resistência à oxacilina em 76,47% dos isolados e resultados positivos para o teste da coagulase. Por fim, dentre todos os antimicrobianos testados, a ampicilina foi o antimicrobiano que apresentou maior número de isolados resistentes, seguida pela tetraciclina, cefalotina, enrofloxacino e amoxicilina/ácido clavulânico. |