Emissão de radiação térmica de superfícies externas de edificações e sua relação com a configuração urbana de Viçosa–MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Débora Viviane Cremonez dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6310
Resumo: A partir do século XIX, com o advento da Revolução Industrial na Inglaterra, bem como seus desdobramentos, a preocupação com o meio ambiente urbano e o estudo de seus condicionantes intensificou a análise de pesquisadores acerca do tema. O desempenho dos materiais constituintes do meio urbano tem forte influência na conformação do fenômeno de ilha de calor urbana. Diante do exposto, a existência de relação entre os fenômenos radiantes e a ilha de calor urbana bem como a temperatura do ar na área central de Viçosa deve ser analisada para subsidiar uma futura proposta de intervenção e planejamento com fim à mitigação destes impactos. Desta forma, tem-se como objetivo, investigar as emissões radiantes do espaço construído e suas relações com a configuração urbana para formação da ilha de calor na área central da cidade de Viçosa-MG. O método foi composto por: (a) levantamento de campo com definição do transecto a ser percorrido, seleção e caracterização dos pontos de medição; (b) coleta de dados higrométricos, temperatura e umidade relativa do ar, velocidade do vento, temperatura do globo negro e temperatura radiante média e (c) simulação computacional, onde cada edificação foi modelada como uma zona térmica. Para que fossem consideradas suas emissões o solo foi modelado como zona térmica. Verificou-se um destaque das coberturas nas emissões radiantes para o meio exterior em diversos momentos da análise. As menores emissões máximas ocorrem durante a manhã, próximo das 6:00, chegando a 90 W/m2 (mediana de 85 W/m2). Das 13:00 às 15:00, elas alcançam aproximadamente 250 W/m2 e apresentam pequeno resfriamento durante a noite, voltando ao valor inicial pela manhã. Este pequeno resfriamento noturno das coberturas é preocupante, com diferenças entre os máximos e entre as medianas (20:00 até as 4:00) de aproximadamente 20 W/m2, 17% do valor máximo às 20:00 e 8% do valor máximo às 13:00. No modelo analisado, as coberturas apresentaram cerca de 14% da área total do sítio. Já os pisos pavimentados, embora tenham tido emissões máximas de 70 W/m2 às 23:00, também apresentaram pequena redução das emissões até o início da manhã, o que destaca sua inércia para manutenção de tais emissões. Em relação às coberturas, seus ganhos são irrelevantes durante a manhã e sua estabilidade térmica é visível em todos os períodos do dia. Em contraste, a área ocupada no meio urbano é aproximadamente equivalente ao restante das demais superfícies somadas, e este aspecto pode ser relevante no aquecimento do meio urbano.