Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Borba, Luciana Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11046
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Resumo: |
O leite humano é reconhecidamente superior para a alimentação do recém-nascido. Alguns de seus componentes promovem o estabelecimento de uma microbiota intestinal balanceada, particularmente pela colonização das bactérias bífidas, que confere proteção contra infecções e manutenção da saúde. Os bancos de leite humano atendem os recém-nascidos impossibilitados de receberem o leite de suas próprias mães. O leite nos bancos é pasteurizado, e os efeitos desse processo nas substâncias promotoras do crescimento de bactérias bífidas são praticamente desconhecidos. O objetivo desse estudo foi determinar a qualidade microbiológica de leite humano obtido por diferentes técnicas de coleta; verificar o estímulo ou inibição do leite humano pasteurizado no crescimento de estirpes de bactérias bífidas, de origem humana; e acompanhar a viabilidade dessas bactérias em leite humano pasteurizado congelado. A qualidade microbiológica do leite humano coletado por expressão manual, bomba manual ou no gotejamento da mama foi analisada para os grupos de coliformes totais, enterococos, clostrídios, mesófilos aeróbios totais, e bolores e leveduras. Os resultados indicaram que os níveis para cada grupo microbiano não apresentaram diferença significativa (p ≤ 0,05) em relação à técnica de coleta empregada. O estímulo ou inibição do leite pasteurizado no crescimento de Bifidobacterium bifidum ATCC 29521, Bifidobacterium breve ATCC 15700, Bifidobacterium longum ATCC 15707, e Bifidobacterium breve AJ 32 foram avaliados pela inoculação (5%) das culturas ativas em leite humano pasteurizado adicionado do filtrado do leite humano não pasteurizado, ou do filtrado do leite humano pasteurizado, ou do leite humano pasteurizado desnatado, e em leite humano integral pasteurizado. O leite humano pasteurizado adicionado do filtrado do leite humano não pasteurizado promoveu o crescimento das quatro estirpes de bactérias bífidas. Entretanto, os tratamentos leite humano pasteurizado adicionado de filtrado de leite humano pasteurizado, ou de leite humano pasteurizado desnatado, e leite humano integral pasteurizado inibiram o crescimento das quatro estirpes avaliadas. Conclui-se que a pasteurização inibe algum fator que estimula, ou produz algum fator que inibe, o crescimento das estirpes estudadas. A viabilidade das mesmas bactérias adicionadas ao leite humano pasteurizado e congelado foi acompanhada por 15 dias, e após descongelamento e refrigeração por 9 horas. As células permaneceram viáveis durante o congelamento, e após descongelamento e refrigeração, em níveis próximos aos da inoculação, em condições similares às empregadas em um banco de leite. A adição de culturas de bactérias bífidas, de origem humana, ao leite humano pasteurizado nos bancos é uma alternativa para o enriquecimento desse alimento. As culturas podem ser adicionadas na forma de culturas congeladas concentradas, em quantidades previamente determinadas. O produto poderá ser administrado aos bebês, em situações especiais e controladas, como uma contribuição para a colonização do trato intestinal por esse gênero de microrganismos benéficos. |