Como professores aprendem a avaliar? Dimensões das experiências de escolarização, de formação e de atuação profissional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Costa, Bruno Cabral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28144
Resumo: Esta pesquisa tem como campo de estudos a formação de professores e explora, mais especificamente, a aprendizagem da docência e os processos que fundamentam a prática avaliativa de futuros professores e de professores. Propomos compreender como os licenciandos e professores de História aprendem a avaliar, considerando as dimensões das experiências de escolarização e, mais particularmente, as aprendizagens sobre avaliação nos percursos de formação profissional. Para o desenvolvimento da pesquisa, tivemos como aporte teórico o trabalho de Tardif (2001) que dialoga sobre socialização profissional e os elementos que constituem a formação inicial de professores. Também nos apoiamos em Pereira e Mendes (2005) que tratam da formação inicial como espaço de discussões reflexivas sobre os pressupostos teóricos e ideológicos da avaliação educacional. Além disso, Santos Guerra (2009) foi imprescindível para discutirmos sobre a avaliação uma vez que, detendo-se às aprendizagens, se refere às “tatuagens na alma”, ou seja, as marcas deixadas pelas vivências de processos avaliativos vividos e que podem perdurar por toda a vida. A abordagem de pesquisa utilizada foi a qualitativa, já que buscamos compreender os significados atribuídos à escolarização, à formação e à atuação profissional. Para a obtenção dos dados, utilizamos como instrumento de pesquisa questionários online aplicados a 10 estudantes da licenciatura em História na UFV. Além disso, também fizemos um levantamento documental junto à Pró-reitoria de Ensino (PRE) da UFV a fim de obter dados relativos ao perfil socioeconômico dos estudantes do curso de História. Dentre os 10 estudantes que responderam ao questionário, uma estudante, um professor e um mestrando participaram de uma entrevista narrativa, momento em que foram instigados a pensar sobre os processos avaliativos vividos e experienciados em seus percursos de escolarização e de formação no curso de Licenciatura. Os dados da pesquisa nos permitiram compreender que as “tatuagens na alma” foram fonte de inspiração para uma prática avaliativa transformadora. Os dados também sugerem que os futuros professores e os professores de História aprendem a avaliar refletindo sobre os processos de avaliação experenciados. Além disso, os dados mostram que existe uma influência forte da prática experienciada sobre a prática reflexiva - reflexão na ação e sobre a ação - que adotam. Concluímos que existe relação entre os saberes provenientes da formação escolar e aqueles da atuação profissional, mais especificamente relativo aos processos de avaliação da aprendizagem. Por fim, esperamos que nossa pesquisa possa contribuir para o debate no campo da formação de professores, do trabalho docente e da avaliação em educação. Em relação aos participantes da pesquisa, nossa perspectiva era de que, por meio da participação na pesquisa, tivessem a oportunidade de ampliar o olhar sobre as experiências profissionais, ressignificando-as, fortalecendo-as e projetando práticas avaliativas a serviço da aprendizagem, do bem estar e de uma relação positiva com o saber. Palavras-chave: Formação de Professores. Avaliação da Aprendizagem. Aprender a avaliar. Percursos de Escolarização. Atuação Profissional.