Critérios para manutenção da solução nutritiva no cultivo hidropônico de alface

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Tôrres, André Nunes Loula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10251
Resumo: Os objetivos deste trabalho foram avaliar o crescimento e o acúmulo de massa verde e de massa seca, bem como a composição mineral de alface cultivada em hidroponia; analisar a depleção dos nutrientes nas soluções nutritivas; e elaborar um critério de reposição de nutrientes baseado em modelos estatísticos. O experimento foi conduzido em casa de vegetação do DFT/UFV, em Viçosa, MG, em vasos aerados contendo 10 litros de solução de STEINER (1980) modificada, usando-se o cultivar Regina. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 5 x 5, em que o primeiro fator correspondeu aos valores de condutividade elétrica (CE) da solução inicial (0,9; 1,9; 2,9; 3,9; e 4,9 dS/m) e o segundo, às diferentes idades da alface após o transplantio (8, 16, 24, 30 e 34 dias após o transplantio – DAT), com três repetições. As características avaliadas foram peso de matéria fresca da planta (MF), peso de matéria seca da planta (MS), área foliar (AF), número de folhas (NF), comprimento do caule (CC), diâmetro do caule (DC), volume de raízes (VR), composição mineral da planta (N-NO3-, N-Orgânico, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Fe, Mn, Zn, B e Na) e composição mineral da solução (N- NO3-, N-NH4+, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Fe, Mn, Zn, B e Na). Avaliaram-se, ainda, o consumo de solução (CS) das plantas e o pH e CE da solução. Os dados foram submetidos à análise de variância e, posteriormente, ajustados a diversos modelos (regressão múltipla), escolhendo-se os de melhor ajuste. As CE 2,9; 2,8; 3,0; 2,8; 3,1; 2,5; e 2,7 dS/m proporcionaram os melhores valores de peso de MF, MS, AF, NF, CC, DC e VR, respectivamente. A última colheita, realizada aos 34 DAT, proporcionou os melhores resultados de produção e crescimento. Para todas as variáveis de crescimento estudadas foram obtidas respostas quadráticas, à medida que aumentava a CE das soluções. Os pesos de MF, AF, CC, DC e VR ajustaram-se a modelos lineares de regressão, em função do aumento da idade da planta. Já o peso da MS e NF apresentou respostas quadráticas em função do aumento da idade da planta. Os conteúdos de N, P, K, Ca, S, Cu, Fe, Zn e Na nas plantas se ajustaram bem a um modelo quadrático em razão da elevação dos níveis da CE. Entretanto, os conteúdos de Mg, Mn e B nas plantas traduziram-se numa relação linear positiva com o incremento dos níveis de CE na solução nutritiva. Os conteúdos de P, Ca, Cu e Fe nas plantas apresentaram resposta quadrática em virtude da elevação do conteúdo de matéria seca, todavia os conteúdos de N, K, Mg, S, Mn, Zn, B e Na traduziram-se numa relação linear positiva com o incremento do conteúdo de matéria seca das plantas, que não exibiram sintoma visual de deficiência nutricional. O consumo de solução nutritiva ajustou-se de maneira linear crescente em relação ao aumento de tempo entre o plantio e a colheita e quadrática em relação ao incremento dos níveis da CE. O consumo máximo de solução foi de 3,17 litros/planta, obtidos aos 34 DAT, com a CE de 2,6 dS/m. O tratamento 1,9 dS/m mostrou-se o mais equilibrado, tendo pouca variação de pH. O tratamento que teve as maiores variações na CE foi o 0,9 dS/m. Foram criados modelos estatísticos (baseados em CE e MS, CE e MF e CE e CS) capazes de predizer a absorção dos nutrientes pelas plantas e, portanto, servir como um critério de reposição de nutrientes em soluções hidropônicas.