Estrutura da comunidade de mamíferos terrestres de médio e grande porte no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro Minas Gerais
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5162 |
Resumo: | O Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB) é uma das unidades de conservação do estado de Minas Gerais no qual predomina a Mata Atlântica, um dos principais hotspots mundiais, a qual a recuperação constitui um grande desafio. Para a recuperação deste bioma o conhecimento sobre ecologia das espécies de mamíferos é de grande importância, pois estas atuam na dinâmica biológica das florestas neotropicais, e a compreensão desta dinâmica assim como o conhecimento das populações em fragmentos florestais é importante para elaboração de planos de manejo. O uso de armadilhas fotográficas para o conhecimento da ecologia das espécies de mamíferos terrestres de médio e grande porte destaca-se por ser um método não invasivo, registrando animais de hábitos crípticos e de baixas densidades e permite o monitoramento de diversos pontos por longos períodos. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar a estrutura das populações de mamíferos de médio e grande porte de hábitos terrestres, através do armadilhamento fotográfico ao longo da Unidade de Conservação do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro MG.Este estudo foi conduzido no período de janeiro de 2011 a agosto de 2012. A área do PESB foi logisticamente subdividida em seis regiões que em sua totalidade correspondeu a 59,175 Km2 aproximadamente 39,49% da área total do parque.Com este estudo foi possível à identificação de 21 espécies de mamíferos, nas quais 15 eram silvestres de médio e grande porte, duas eram de pequeno porte, três eram espécies domésticas e o homem também foi contabilizada. A riqueza observada de mamíferos silvestres de médio e grande porte neste estudo representa 78,95% dos mamíferos silvestres terrestres de médio e grande porte já diagnosticados no parque. A subárea 6 obteve o maior número de espécies de mamíferos silvestres de médio e grande porte registradas (nove), seguidas das subáreas 1 e 2 com oito espécies e as subáreas 3, 4 e 5 obtiveram sete, seis e cinco espécies observadas respectivamente. A espécie mais abundante para o PESB foi aCuniculus paca seguida do Puma concolor, Leopardus pardalise do Pecari tajacu. A espécie P. concolor foi a única espécie registrada em todas as subáreas, a espécie L. pardalis somente não foi registrada na subárea 6. Foi estimada pelo método Jackknife 1 uma riqueza para o PESB de 18±1,73 espécies de mamíferos silvestres de médio e grande porte.Através da interpretação dos dados sobre os aspectos da diversidade como os índices de Similaridade de Jaccard, Diversidade de Shannon-Wiener e Equitabilidade de Pielou, observou-se que há uma heterogeneidade ecológica na mastofauna de médio e grande porte ao longo do PESB. Devido à heterogeneidade ecológica encontrada, em ambientes nestas condições, verifica-se que, uma distribuição do esforço de amostragem equitativa na área de amostragem é mais efetiva do que um grande esforço numa área representativa, para um levantamento de mastofauna de médio e grande porte. A presença humana e de espécies de mamíferos domésticas registradas ao longo do estudo revela a fragilidade desta Unidade de Conservação e recomenda-se uma melhora no monitoramento e vigilância por parte da gestão da Unidade de Conservação para impedir a livre circulação de pessoas e animais dentro da UC. |