Seletividade e resposta comportamental do predador Doru luteipes a inseticidas
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3893 |
Resumo: | Spodoptera frugiperda (Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) é considerada a principal praga do milho no Brasil. O seu controle é realizado principalmente por inseticidas. Devido ao alto custo dos inseticidas e ao seu efeito poluidor no meio ambiente, a utilização do controle biológico pode vir a ser mais uma ferramenta de manejo junto ao controle químico. Dentre os inimigos naturais, a tesourinha, D. luteipes (Scudder) (Dermaptera: Forficulidae), tem-se apresentado como potencial agente de controle biológico da S. frugiperda. Quanto a esse agente biológico pouco se sabe sobre seletividade dos inseticidas químicos utilizados na cultura do milho. Dessa forma, neste trabalho foi avaliada a seletividade dos inseticidas para D. luteipes e o efeito em seu comportamento de movimentação quando exposto aos inseticidas metomil, clorfenapir, etofemproxi, clorpirifós, deltametrina, λ-cialotrina, espinosade e clorantraniliprole. A S. frugiperda e a D. luteipes foram submetidas a bioensaios de concentração-mortalidade e tempo mortalidade para determinar a CL50 e TL50, respectivamente. Os adultos de D. luteipes foram submetidos a dois ensaios de movimentação em superfície com arena totalmente tratada e arena parcialmente tratada com resíduo seco de inseticida, para observar os efeitos dos inseticidas em seu comportamento. Nos resultados dos bioensaios o espinosade foi o inseticida mais tóxico para S. frugiperda. Nos bioensaios com adultos de D. luteipes verificou-se que o clorantraniliprole foi o menos tóxico e o mais seletivo; e o inseticida clorpirifós apresentou maior toxicidade e menor viii seletividade. Nos bioensaios de tempo mortalidade com a S. frugiperda os inseticidas etofemproxi, clorpirifós, λ-cialotrina e metomil apresentaram maiores razões entre os tempos letais. No bioensaio de tempo mortalidade para adultos de D. luteipes observou-se que os inseticidas clorpirifós e λ-cialotrina apresentaram menor tempo letal. Nos bioensaios de comportamento em arena totalmente tratada para os adultos de D. luteipes, estes apresentaram redução na distância caminhada e na velocidade média nos tratamentos em que foram expostos ao inseticida espinosade. Os inseticidas metomil e clorantraniliprole não apresentaram efeito sobre o comportamento de movimentação do predador. Nos bioensaios de comportamento em arena parcialmente tratada observou-se que os inseticidas deltametrina, espinosade e λ-cialotrina mostraram efeito de atratividade aos adultos de D. luteipes. Já o clorpirifós, clorfenapir e etofemproxi mostraram efeito de repelência aos adultos de D. luteipes. Desse modo, pode-se concluir que avaliações dos efeitos dos inseticidas no comportamento dos inimigos naturais é uma importante ferramenta para obter informações sobre a seletividade e toxicidade destes inseticidas. Desta forma, o inseticida clorantraniliprole foi altamente seletivo para D. luteipes. Além disso, não foi observado efeito de irritabilidade ou preferência nos bioensaios comportamentais. Assim, este inseticida pode vir a ser utilizado junto ao programa de manejo integrado para o controle de S. frugiperda na cultura de milho. |