Avaliação de dois protocolos para sincronização de ovulação em rebanho leiteiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Fraga, Deborah Bittencourt Mothé
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11311
Resumo: Objetivou-se avaliar dois protocolos para sincronização de ovulação em gado de leite. Os animais foram alocados em dois tratamentos (T1 e T2), sendo que as fêmeas do T1 receberam buserelina (análogo do GnRH) (10μg, Dia 0), PGF 2α (250 mg, Dia 7) e buserelina (10μg, Dia 9), e as fêmeas do T2 receberam semelhante tratamento, mas no lugar da segunda dose de buserelina receberam 1 mg de benzoato de estradiol (BE) no Dia 8. Os animais do T1 foram inseminados 24 horas após a segunda aplicação de buserelina e os do T2 foram inseminados 35 horas após a aplicação de benzoato de estradiol. A dinâmica folicular e a concentração de progesterona plasmática foram monitoradas em oito vacas de cada tratamento. A primeira administração de GnRH induziu a ovulação em 31% das vacas (5/16) e a atresia folicular ocorreu em 56% das vacas tratadas (9/16). A emergência de uma nova onda folicular ocorreu 1,93±1,23 dias após a administração do GnRH em 87,5% das vacas (14/16). Após a administração de PGF 2α ocorreu luteólise completa em 56% das vacas (9/16). O diâmetro máximo dos folículos ovulatórios foi similar nos animais dos dois tratamentos. A ovulação dos animais do T1 foi observada 31,0 ± 8,19 horas após a aplicação do GnRH e nos do T2 decorridas 40,74 ± 3,96 horas após a aplicação do BE. Nas vacas do T1, a sincronização de ovulação ocorreu dentro de um intervalo de 20 horas após a segunda aplicação de GnRH versus a sincronização mais precisa das vacas do T2, que ocorreu dentro de 9 horas. Nesse experimento, observou-se 100% de ovulação no T1 após a aplicação do GnRH e 87,5% no T2 após a aplicação de BE. Porém, apesar dos excelentes resultados encontrados na sincronização de ovulação, as taxas de gestação obtidas nos animais deste experimento foram baixas nos dois tratamentos, no T1 foi de 16,7% e no T2 de 17,4% diagnosticadas aos 139 dias. Os folículos dominantes dos animais do experimento tiveram seus períodos de dominância prolongados, apresentando aproximadamente 7 dias nos dois tratamentos. Com base nos resultados obtidos, concluiu-se que os dois tratamentos foram efetivos em sincronizar a ovulação dos animais tratados, porém resultaram em baixas taxas de gestação, provavelmente decorrente do prolongamento da duração do período de dominância que foi observado nos animais de ambos os tratamentos e que pode ter levado a queda da qualidade dos ovócitos derivados desses folículos.