Escore prognóstico de glasgow e indicadores bioquímicos e nutricionais em adultos e idosos em tratamento oncológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barros, Thalita Alves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29056
Resumo: Introdução: O câncer é classificado como uma das doenças que causam mais mortes em todo o mundo, gerando complicações ao paciente, principalmente relacionadas à alimentação. Esses pacientes estão mais sujeitos à desnutrição, que associada à inflamação inerente ao câncer, aumenta o risco de comorbidades e mortalidade. Tanto o estado nutricional quanto a inflamação associam-se à piora do estado geral do paciente. Sendo assim, torna-se importante avaliar indicadores inflamatórios e nutricionais já na triagem do paciente, possibilitando uma intervenção precoce no estado geral e nutricional. Deste modo, o Escore Prognóstico de Glasgow modificado (EPGm) é um índice prognóstico de inflamação que associa níveis alterados de Proteína C Reativa (PCR) e albumina, que pode ser usado na avaliação do paciente oncológico como forma de identificar precocemente pacientes em risco inflamatório e nutricional possibilitando uma intervenção mais eficaz. Objetivo: Relacionar o EPGm aos parâmetros clínicos, bioquímicos e nutricionais de pacientes adultos e idosos internados no setor de oncologia de um hospital particular de Belo Horizonte, MG. Metodologia: Trata- se de um estudo epidemiológico de delineamento transversal, com amostra probabilística, realizado em um hospital particular na cidade de Belo Horizonte, MG. Participaram do estudo pacientes de ambos os sexos, adultos e idosos internados para tratamento oncológico no período de fevereiro a agosto de 2018. Para avaliar a ingestão alimentar e o uso de suplementos, foi utilizado o registro alimentar, com preenchimento diário pelo paciente ou acompanhante, por 7 dias consecutivos e obtida a média de ingestão entre eles. Utilizou-se as tabelas TACO (2011) e IBGE (2011). O consumo de antioxidantes foi obtido com auxílio da Tabela de Alimentos Antioxidantes, desenvolvida de acordo com o método de Capacidade de Redução Férrica do Plasma (FRAP), proposto por Benzie e Strain (1996). O EPGm foi obtido através da combinação entre o marcador inflamatório Proteína C Reativa (PCR) e albumina. Para o processamento e análise dos dados foram utilizados os softwares Microsoft Excel 2007 e Statistical Package for the viiiSocial Sciences SPSS® (versão 17.1). O tamanho da amostra e poder estatístico foram calculados no programa OpenEpi, versão 3. O nível de significância adotado foi de 5% para todas as análises. Para a comparação das variáveis foi usado o teste de Kruskal-Wallis, complementado pelo teste de comparações múltiplas de Dann, além do Teste Exato de Fisher. Para as associações entre as variáveis categóricas foi realizado o Teste do Qui-Quadrado. O projeto foi submetido e aprovado pela Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (DEPE) do hospital e pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG (2.466.173). Resultados: Participaram do estudo 71 indivíduos. Pacientes que ingeriram uma quantidade maior de calorias e antioxidantes apresentaram menor prognóstico de inflamação, de acordo com EPGm, sendo classificados no Escore 0, sem alteração em PCR e albumina. Houve associação entre EPGm e desnutrição, com a maior parte dos desnutridos classificado com duas alterações no EPGm. Foi observada também associação positiva entre óbito durante a internação e EPGm, sendo que pacientes que foram a óbito estavam classificados com o pior escore inflamatório (Escore 2). A ingestão de calorias entre os pacientes suplementados foi maior no sétimo dia de internação em relação ao primeiro, entretanto, os pacientes atingiram apenas 48% das recomendações calóricas e proteicas por 7 dias consecutivos. A suplementação associou-se a um menor tempo de internação. Os pacientes apresentaram inadequações em relação aos parâmetros bioquímicos, entretanto, eles não se relacionaram ao EPGm. Conclusão: O EPGm mostrou-se um bom indicador prognóstico inflamatório a ser usado em pacientes oncológicos, sendo indicado seu uso na triagem nutricional do paciente.