Acúmulo de alumínio em Melastomataceae ocorrentes nos campos rupestres da Serra de Ouro Branco (MG)
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Botânica |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32758 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.407 |
Resumo: | A Serra de Ouro Branco (SOB) compõe a Cadeia do Espinhaço, região que abriga a maioria dos campos rupestres (CR) quartzíticos no Brasil. Os campos rupestres são marcados por inúmeros filtros ambientais, responsáveis pela seleção de variadas adaptações em plantas ao longo da evolução. A presente pesquisa avaliou o acúmulo de Al em vinte e duas espécies da família Melastomataceae que ocorrem na SOB. Aqui, procuramos afirmar as seguintes hipóteses: as plantas da família Melastomataceae dos CR, acumulam alumínio em sua parte aérea, independente do hábito e da quantidade do metal no solo; os principais sítios de acúmulo são as paredes de natureza pecto-celulósica e o conteúdo citoplasmático de diferentes tipos celulares, os núcleos, cloroplastos e tricomas; os sítios de acúmulo do Al se sobrepõem aos de compostos fenólicos, de Si e Ca, sugerindo a complexação desses elementos como detoxificação interna do metal. Solos de três ambientes da SOB foram coletados e submetidos à análise química. Amostras de folhas e caules foram quantificadas quimicamente para determinação dos teores de Al, P, K, Ca, Mg e Fe. Cortes anatômicos de folhas e caules, incluídos em historesina, foram corados com Chrome Azurol S, Dicromato de Potássio, PAS e Vermelho Neutro, para detecção de Al, polifenóis, mucilagens e cutícula, respectivamente. Folhas e caules de 17 espécies foram submetidos à microanálise de Raios-X, para mapeamento de Al, Si, Ca, Mn e Fe. Os resultados apontam que os solos da SOB são ácidos, oligotróficos e altamente saturados por Al. Todas as espécies são acumuladoras de Al, sendo três delas hiperacumuladoras do metal. O Al tem preferência pelas paredes de natureza pecto-celulósica. Os tricomas, cutícula propriamente dita, núcleos, cloroplastos, conteúdo celular das esclereídes, floema e células parenquimáticas associadas ao xilema e mucilagens apresentaram reação positiva para Al. Observou-se complexação entre Al e Si e formação de cristais de silicato de alumínio. Não houve superposição entre os sítios de Al com os de Ca e compostos fenólicos. A hipótese de complexação do Al com Ca e compostos fenólicos não foi confirmada. O presente trabalho é inédito em relação ao acúmulo de Al por plantas de CR e representa um avanço no entendimento da ecofiosiologia de espécies desse tipo de vegetação. Palavras-chave: Histolocalização de Al; Al em Myrtales; Cadeia do Espinhaço. |