Gestão do fogo no Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souto, Danúsia Amorim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28655
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.092
Resumo: Esta pesquisa teve como área de estudo o Parque Nacional da Serra da Canastra (PNSC), situado no estado de Minas Gerais, Brasil e analisou dados inerentes às ocorrências de fogo e às características naturais do parque, a fim de otimizar o planejamento de prevenção e combate ao fogo. Este estudo foi dividido em dois capítulos, no primeiro objetivou-se avaliar a eficiência de combate a incêndios e analisar as causas do fogo, traçando um perfil dos incêndios no PNSC do ano de 2008 a 2018, utilizando os Registros de Ocorrências de Incêndios (ROI). Os dados dos registros foram tabulados gerando as estatísticas sobre área queimada, causas, tempo de ataque e de combate e número de combatentes. Resultados de maior número de ocorrências, três anos empataram com 15 (2008, 2011 e 2012) e 2012 a maior área queimada. Pela classificação por tamanho, a maioria dos anos enquadram-se na classe V (>200 ha). Na análise do número ocorrências e área queimada por causas, respectivamente, registrou-se queima de limpeza (41%, 21%), diversos (22%, 46%), raios (17%, 1%) e incendiários (16%, 31%). Houveram mais ocorrências na área não regularizada do PNSC, porém a regularizada queimou mais. Quanto ao tempo de ataque, a maioria dos anos enquadra-se na classe de tempo IV. No tempo de combate repete-se classe IV e os anos 2017 e 2012 tiveram maiores durações. As causas relacionadas as ações antrópicas se destacaram em número e área queimada. A eficiência no tempo de ataque e combate a incêndios diminuiu, necessitando melhoria nos planos de ação, contratação e treinamento de funcionários e brigadistas, para atender uma área tão extensa e complexa como a do PNSC. No segundo capitulo objetivou-se definir um mapa de suscetibilidade a incêndios, analisando a influência de fatores como relevo, clima, cobertura do solo e ocorrências de incêndio utilizando um sistema de informações geográficas. Foram produzidos mapas de declividade, exposição de vertentes, radiação solar e o mapa de uso e cobertura do solo, adaptado do projeto MapBiomas, seguindo três modelos que distribuem notas para cada variável, cruzaram-se os mapas gerando seis cartogramas que foram sobrepostos aos focos de calor do INPE para validação. Os fatores analisados demonstraram como as características do PNSC influenciam na ignição e propagação do fogo, as pastagens apresentam maior área e número de focos (47% e 37%), a formação campestre (25%) aparenta reincidência de incêndios pelo alto número de focos (34%), as particularidades da área quanto a baixa declividade (73%) e alta radiação solar (51%) nos Chapadões delimitam as áreas de alta e altíssima suscetibilidade. O mapa 4 do modelo 2, teve maior eficiência para previsão da suscetibilidade a incêndios, com número de focos por hectare crescente da classe de baixíssima para a de altíssima suscetibilidade, tendo mais de 70% da área nas classes de baixa suscetibilidade e o maior número de focos estão nas classes de média e altíssima suscetibilidade. Por tanto, o mapa de suscetibilidade gerado será eficiente para prever e entender a suscetibilidade ao fogo no PNSC e poderá auxiliar nas tomadas de decisão dos gestores. Palavras-chave: Áreas protegidas. Incêndios florestais. Gestão.