Isolamento e caracterização de bactérias promotoras de crescimento vegetal da rizosfera de eucalipto
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Fitotecnia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29424 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.025 |
Resumo: | O eucalipto necessita de adequada adubação para obtenção de melhor produtividade e qualidade da madeira. Em geral, os plantios de eucalipto são estabelecidos em solos de baixa fertilidade, onde as populações microbianas do solo podem contribuir significativamente para a disponibilização de nutrientes para as plantas. A associação com bactérias promotoras do crescimento de plantas (BPCP) pode contribuir para o crescimento e desenvolvimento do eucalipto por meio de mecanismos promotores do crescimento vegetal. O objetivo deste trabalho foi isolar BPCP da rizosfera de eucalipto, estudar a expressão dos mecanismos de promoção de crescimento in vitro e testar o efeito da inoculação bacteriana no crescimento de Eucalyptus grandis em condições de casa de vegetação. O isolamento das potenciais BPCP foi realizado em meios próprios para o isolamento de procariotos diazotróficos (LGI, JNFB, JMV, LGIP e NFB) usando amostras de solo rizosférico de eucalipto. Após o isolamento em cultura pura, 51 isolados foram caracterizados pela técnica de coloração de Gram e identificados pelo método MIDI. Os isolados capazes de solubilizar Ca 3 (PO 4 ) 2 e Al(PO 4 ) foram testados quanto à solubilização de fosfatos de rocha (FR) de Patos, Catalão, Araxá, Crandalita, Itafós Abaeté, Gafsa e Aipe. Todos os isolados foram testados quanto à capacidade de promoção de crescimento de E. grandis em casa de vegetação por 120 dias. Após o cultivo, foram avaliadas as seguintes variáveis: altura, número de folhas, matéria seca das raízes (MSR), matéria seca foliar (MSF), matéria seca do caule (MSC), matéria seca total (MST), bem com o conteúdo de N, P, K, Ca e Mg e a eficiência de uso de nutrientes (EUN). Os isolados obtidos pertencem aos gêneros Ralstonia, Bacillus, Stenotrophomonas, Paenebacillus, Staphylococcus, Virgibacillus, Burkholderia, Pseudomonas e Xanthomonas. Os valores de solubilização de fosfato de cálcio variaram de 24,84 a 178,48 mg L -1 . Para o fosfato de alumínio, os valores obtidos variaram de 7,68 a 29,68 mg L -1 . O isolado mais eficiente solubilizou 17,86% do P do fosfato tricálcico. Os isolados LEM 10 e LEM 36 apresentaram capacidades distintas de solubilizar os diferentes tipos de FR testados. A susceptilidade à solubilização microbiana decresceu na seguinte ordem: Gafsa > Araxá > Abaeté > Catalão > Aipe > Patos > Itafós > Crandalita. As porcentagens médias de P solubilizado variaram de 0,25%, para a Crandalita, a 25% para Gafsa. A inoculação com alguns isolados bacterianos promoveram ganhos máximos de MSR e MST de 1.137 e 695%, respectivamente, em relação ao tratamento controle não inoculado. A inoculação com os isolados de BPCP aumentou o conteúdo e a EUN de todos os macronutrientes avaliados. No caso do P e N, na MST, os conteúdos desses nutrientes apresentaram aumentos máximos decorrentes da inoculação bacteriana de 644 e 505%, respectivamente. Já para o cálcio, os ganhos máximos corresponderam a 572,8% na MST. As análises de agrupamento e componentes principais revelaram três grupos de BPCP, sendo o isolado de melhor desempenho o Bacillus cereus GC subgroup B (LEM 29). Além da atividade diazotrófica, as culturas obtidas apresentaram a capacidade de solubilizar fontes de fósforo pouco reativas, constituindo ferramenta com potencial de aplicação em viveiros florestais. Palavras-chave: Acidez titulável. Macronutrientes. Nutrição vegetal. pH. Solubilização de fosfato. |