Parâmetros técnicos para a aplicação do glyphosate visando o aumento da eficácia segurança ambiental e do aplicador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Quirino, André Luís da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ
Mestrado em Engenharia Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3570
Resumo: Estima-se que apenas 0,1% de todos os pesticidas pulverizados são depositados sobre o alvo. As perdas, para o ambiente, de parte do pesticida aplicado devem-se, em parte, ao desconhecimento, pelo aplicador, dos parâmetros da tecnologia de aplicação. Este trabalho teve como objetivo determinar os parâmetros da tecnologia de aplicação do glyphosate para o controle de plantas daninhas, visando à sua eficácia e à redução da contaminação do aplicador e do ambiente. Na determinação da densidade e do espectro de gotas da pulverização, foram aplicados três volumes de pulverização (40, 90 e 165 L ha-1) sobre alvos estáticos, constituídos por etiquetas de papel hidrossensível. Por meio do programa computacional IMAGE TOLL, versão 3.0, foi possível a determinação do diâmetro da mediana volumétrica (DMV), do diâmetro da mediana numérica (DMN) e do coeficiente de homogeneidade (CH). Foi possível, também, a determinação da amplitude relativa (AR), da densidade populacional das gotas de pulverização (DEN) e da porcentagem de cobertura (COB), para cada um dos volumes aplicados. Para cada um dos volumes pulverizados, determinou-se também a porcentagem de volume acumulado de gotas com diâmetros menores que 600, 400, 200, 150 e 100 μm. Sobre quatro vasos plásticos, com capacidade para 3,5 L de solo e contendo, cada um, cinco plantas de Brachiaria decumbens, pulverizaram-se três volumes de calda (água+corante alimentício FD&C Blue n.1, na proporção de 3,0 g L-1), para a determinação da quantidade de produto retida pelo alvo. Após as aplicações, cada planta foi cortada rente ao solo e ensacada individualmente, com a devida identificação. Em laboratório, cada uma das plantas foi lavada com 100 mL de água destilada, por 30 segundos, e seus extratos analisados por um espectrofotômetro na faixa de detecção do FD&C Blue n.1 (630 nm). Para a avaliação da tolerância de B. decumbens ao glyphosate, foram aplicados três volumes de pulverização (40, 90 e 165 L ha-1) e quatro doses do herbicida (180, 360, 720 e 1080 g de equivalente ácido (e.a.) ha-1), sobre quatro vasos plásticos, com capacidade para 3,5 L de solo e contendo cada um quatro plantas de B. decumbens. Aos 7, 14 e 26 dias após a aplicação (DAA), fez-se a devida avaliação da intoxicação das plantas de B. decumbens. Atribuíram-se notas percentuais de toxicidade, em relação à testemunha, de acordo com a escala percentual de controle proposta pela Asociación Latinoamericana de Malezas (ALAM). Em todas as aplicações, foi utilizado um pulverizador centrífugo, montado em trilho deslizante, com 12 m de comprimento. Ao longo da barra deslizante, os primeiros 3,0 m de comprimento foram destinados a que o dispositivo de pulverização atingisse o ritmo de trabalho desejado. Nos 5,0 m seguintes, o dispositivo operou em ritmo de trabalho constante, sendo os 4,0 metros restantes destinados à desaceleração segura do conjunto de pulverização. A cobertura do alvo para o volume de pulverização de 40 L ha-1 atendeu às recomendações para o controle de B. decumbens. Os volumes de pulverização de 40 e 90 L ha-1 apresentaram os valores, respectivos, de 20,87 e 29,14 % de volume de líquido com gotas com diâmetros menores que 200 μm. Na aplicação de volumes de pulverização acima de 165 L ha-1, 44,29 % do volume acumulado era de gotas com diâmetro menor que 600 μm. Por causa da maior porcentagem de gotas com diâmetro menor que 200 μm, as maiores distâncias de deposição ocorreram quando se pulverizaram os volumes de 40 e 90 L ha-1. Os volumes de pulverização não afetaram a eficácia de controle de B. decumbens. Doses reduzidas de glyphosate e baixo volume de pulverização resultaram em eficiência acima de 97% para o controle de B. decumbens.