Foraging and antipredator behaviour in an acarine predator-prey system on tomato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Dias, Cleide Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência entomológica; Tecnologia entomológica
Mestrado em Entomologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3972
Resumo: As plantas possuem mecanismos de defesa contra os ataques dos herbívoros. Estes mecanismos podem afetar diretamente os herbívoros, por exemplo, plantas podem produzir metabólitos secundários que reduzem ou param o desenvolvimento dos herbívoros, ou indiretamente por meio de interação com os inimigos naturais dos herbívoros. Plantas atacadas podem produzir compostos voláteis atrativos para inimigos naturais. Essas pistas voláteis são indicativas da presença das presas e são importantes para o sucesso do forrageamento de inimigos naturais. Por outro lado, herbívoros também são capazes de perceber pistas indicativas da presença de predadores e usá-las para evitar locais com risco de predação. Comportamentos antipredação aumentam a sobrevivência das presas, no entanto também podem gerar custos. No presente trabalho, foram estudados os comportamentos de forrageamento e antipredação no sistema do tomateiro com os ácaros fitófagos Tetranychus urticae e Tetranychus evansi, e os ácaros predadores Phytoseiulus longipes e Phytoseiulus macropilis. Ambos os predadores foram capazes de reconhecer pistas de tomateiros infestados mostrando preferência por plantas infestadas por T. evansi e T. urticae em relação a plantas limpas, mas não mostram preferência entre as presas. Estes predadores se alimentam de ambas as presas, no entanto P. macropilis não completa seu ciclo de vida se alimentando apenas de T. evansi. Assim, para P. longipes ambasas presas como fonte de alimento adequada, mas para P. macropilis T. evansi é um alimento de qualidade inferior. É possível que P. macropilis não seja capaz de distinguir pistas oriundas de tomateiros infestados por T. evansi ou T. urticae. Adicionalmente, T. evansi é capaz de perceber a presença de P. longipes e P. macropilis, e foi capaz de reconhecer pistas oriundas desses predadores e mudar seu comportamento de acordo com a espécie de predador e da escala espacial. Tetranychus evansi tentou escapar por mais vezes nos discos foliares com pistas de ambos predadores, tendo também redução no tempo de alimentação. No entanto, também há custos associados a estes comportamentos: T. evansi apresentou redução na taxa de oviposição nos discos foliares com pistas de P. longipes, mas não com pistas de P. macropilis, provavelmente por que este predador não é perigoso para T. evansi como P. longipes é. Em uma escala espacial maior (hexágono de plantas) onde os ácaros caminhariam sobre substrato tendo de percorrer longas distâncias e perceber pistas com intensidade provavelmente mais fraca, T. evansi não evitou plantas com predadores. Todos os tomateiros estavam infestados com coespecíficos que produzem grande quantidade de teia, possivelmente T. evansi não evitou plantas com predadores pela possível proteção conferida pela teia. Concluindo, os predadores P. longipes e P. macropilis são capazes de usar pistas de plantas atacadas para localizar suas presas T. evansi e T. urticae, mas não as distinguem. Tetranychus evansi é capaz de perceber a presença de ambos predadores e mostrar comportamento antipredação de acordo com o perigo oferecido pelo predador e a escala espacial envolvida.