Competição aparente mediada pelo predador Amblyseius largoensis MUMA (Acari: Phytoseiidae) : efeito da introdução do ácaro exótico Raoiella indica HIRST (Acari: Tenuipalpidae) no ácaro nativo Oligonychus pratensis (BANKS) (Acari: Tetranychidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: CALVET, Érica Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8665
Resumo: A introdução de organismos exóticos pode ocorrer de forma natural, através dos processos de dispersão ou pelo trânsito de material promovido pelo homem. Os efeitos dos organismos invasores no novo ambiente são difíceis de mensurar, de forma que por muito tempo apenas se quantificou perdas econômicas em culturas agrícolas. Entretanto, a introdução de uma espécie exótica tem efeitos ambientais podendo alterar relações ecológicas estabelecidas, passando a competir com a fauna e/ou flora nativa, causando deslocamento ou extinção de espécies. No hemisfério ocidental, há quase 20 anos, ocorreu a introdução de um ácaro exótico Raoiella indica. Esta espécie é apontada como importante praga agrícola de coqueiro e bananeira, duas culturas extensivamente cultivadas em diversos países americanos. O coqueiro possui uma rica acarofauna, e estudos sugerem redução drástica da riqueza de espécies após a introdução de R. indica. Com o objetivo de estudar o efeito que R. indica pode potencialmente interferir nas interações ecológicas existentes no coqueiro foi selecionado um ácaro herbívoro nativo Oligonychus pratensis e um predador Amblyseius largoensis para realização de diversos experimentos de interação entre espécies. Os resultados apontam que R. indica e O. pratensis são negativamente e assimetricamente afetados pela competição por recurso (folíolo). No entanto, há indícios que R. indica se beneficia da presença de O. pratensis quando não há limitação de recurso. Raoiella indica tem preferência em permanecer em local com coocorência de O. pratensis e apresenta melhor taxa intrínseca de crescimento na interação com O. pratensis. Amblyseius largoensis tem preferência de se alimentar da presa nativa nas mais diversas situações a que foi exposto. Raoiella indica é capaz de reconhecer pistas de A. largoensis além de apresentar comportamento antipredação na presença de pistas de A. largoensis. Portanto, o risco de deslocamento de O. pratensis é suportado pelos dados gerados neste trabalho.